Tretas de Hong Kong – Doki Doki Panic: curiosidades por trás de Super Mario Bros 2

  10/04/2012 - 17:10   Tretas de Hong Kong,  
 

Ok,  quem hoje já não sabe dessa história envolvendo Doki Doki Panic e Mario Bros 2? Afinal, quase sempre é o primeiro exemplo dado quando se fala em jogos que receberam uma mudança radical para o mercado ocidental. Está se perguntando o que tem para se falar desse jogo ainda? Aparentemente, muita coisa, pois poucos sabem de detalhes de sua origem um tanto diferente.

Yume Kōjō: Doki Doki Panic (Fabrica dos Sonhos: Panico de acelerar o coração… é sério), começou como um protótipo de jogo ao estilo de Mario, só que ao invés de progredir para a direita, era para cima que você ia. Daí vem a ideia do jogo de pegar coisas e jogar/empilhar. O jogo era para ser cooperativo, tendo dois jogadores trabalhando ao mesmo tempo, mas no final das contas o pessoal acabou se dando conta que a ideia não erá muito divertida e que mesmo jogar sozinho o protótipo era um saco.

É aí  então que entra nossa amiga Fuji TV e seu Yume  Kōjō ’87, um evento tecnológico que teve a Nintendo como empresa contratada para fazer propaganda com um jogo dos personagens criados para ele. Da junção das ideias do protótipo e os personagens do evento, nasceu Doki Doki Panic. “Ah, mas então os inimigos do jogo nem são da Nintendo e eles usam na cara dura?”. Não, não é bem assim. A unica coisa que não foi criada pela Nintendo foram os personagens principais, que são dois irmãos e seus pais. O resto, incluindo o mundo e os inimigos, são criações da própria.

É por isso mesmo que, quando os executivos que lidavam com os jogos da Nintendo nos EUA não curtiram o Super Mario Bros 2 original, aquele com as fases impossivelmente difíceis, eles viram Doki Doki Panic e automaticamente associaram que só faltava o pessoal de Mario ali. E estavam certos, por mais que os mais “puritanos” não tenham curtido muito o jogo, ele é definitivamente um bom jogo e uma boa adição para a série. Tão boa que o jogo foi relançado no Japão como Super Mario USA.

Os dois jogos tem poucas diferenças fora a troca de personagem e de alguns elementos gráficos:

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Uma das mudanças mais notáveis está no fato de que, originalmente, os personagens não encolhiam com pouca vida e não corriam com o botão B pressionado. Outra mudança mais sutil e menos conhecida é a música. Ambos jogos tiveram Koji Kondo como compositor, mas o tema principal tem algo peculiar:

Quem jogou Super Mario Bros 2 pra caralho (como eu) já deve ter sentido uma sensação bizarra escutando essa música. “Mas Luiggi, é a mesma coisa!”. Bom, me faz o favor de escutar isso aqui inteiro então:

Por algum motivo, a versão do Mario tem 9 segundos extra de musica, que já dão uma diferença enorme.

Indo muito além dessas mudanças curiosas e da jogada de marketing no ocidente, Doki Doki Panic conseguiu trazer  elementos importantes para a franquia Mario. Foi dessa mistura que surgiram as diferenças de habilidade entre Mario e Luigi, por exemplo, além de alguns elementos de gameplay como “pegar e jogar”, uma grande novidade na época. A trajetória do jogo foi uma coincidência agradável que acabou criando um dos jogos mais memoráveis do saudoso Nintendinho.

Sobre

Luiggi "Afro" Ligocky é um pseudo-artista que estuda a área de jogos digitais. É um adorador de jogos japoneses e bizarros desde a época em que ganhou seu Super Nintendo. Grande fã da Nintendo, Konami e Sega.

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