Tretas de Hong Kong – Jogos de Anime: Dragon Ball Parte 3 (Geração 3D)

  21/08/2012 - 18:43   dragon ball, Tretas de Hong Kong,  
 

Olá galerinha Dragõesfoda, venho hoje aqui lhes apresentar o que eu espero ser a última parte dessa série de jogos intermináveis do anime mais popular da galáxia: Bolas do Dragão (Ou Dragon Ball).

Oi, eu sou o Goku

Uma curiosidade interessante sobre a série é a dimensão da sua popularidade. Para quem não sabe, a história acabou em 1995 no manga, totalizando 10 ~ 11 anos de duração, enquanto o anime acabou um ano depois. Mas mesmo assim, coisas relacionadas a Dragon Ball nunca pararam de sair, visto como temos aí até jogo para Kinect baseado na série.

Pois bem, hoje falaremos um pouco da “era moderna” dos jogos de Dragon Ball.

Posso pressentir o perigo e o caos

É aqui que começa toda a loucura da saga PSX. Dragon Ball Ultimate Battle 22 foi um jogo completamente odiado pela crítica americana, mas por um ótimo motivo: enquanto a versão japonesa saiu em 1996, resolveram lançar a americana em 2003 por motivos completamente desconhecidos, visto que, naquela época, o primeiro Dragon Ball  de PS2 já havia sido lançado.

O jogo não é lá grandes maravilhas, usa as animações usadas no desenho mesmo, mas fica tudo muito feio junto do cenário 3D malfeito,  fora que o jogo é travado. Mas o que chama a atenção é que ele possui (adivinhem) 22 personagens selecionáveis, além de mais 5 secretos, que quando habilitados, mudam o nome do jogo para “Ultimate Battle 27” (isso era legal). Além disso, eke tem um dos melhores temas de toda a série de jogos de Dragon Ball.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=WTzYzPUq_as]

Uma versão “melhorada” de Ultimate Battle 22 aparentemente saiu para Saturn, chamada Dragon Ball Z: Shin Butouden (Verdadeira História de Luta). Ele traz de volta alguns elementos como o mapinha e a tela separada, e realmente parece visualmente mais bonito que seu antecessor, mas como todo mundo tinha PSX e ninguém tinha a porra de um Saturn (japonês ainda pqp), esse jogo meio que caiu no esquecimento.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=LoBk6y8ZEM0]

Provavelmente um dos mais lembrados pela galera do Playstation que saía por aí comprando CD pirata, Dragon Ball Z: Idainaru Dragon Ball Densetsu (A Maior Lenda das Esferas do Dragão), ou só Dragon Ball Z Legends como era mais conhecido aqui, é um dos jogos mais fiéis ao anime e a série em tudo, seja em gameplay, seja em história ou nos golpes. O jogo é bem estranho com uns sprites minúsculos. Golpes como soco e chute não dão dano no inimigo, mas sim deixam a “barra de força”nna parte de baixo da tela mais cheia para seu lado (azul). Quando essa barra se enche, o personagem solta um de seus vários golpes icônicos e aí sim tira vida do oponente.

Esse jogo era interessante pelo fato de haverem várias condições para prosseguir a história de modo correto, muitas vezes envolvendo um dos seus personagens morrendo (famoso Yamcha contra Saibaman) ou derrotando o inimigo com um personagem específico (que geralmente solta o mesmo golpe desferido no anime para derrotar o adversário). Só assim para certos eventos ou personagens aparecerem, sendo assim, extremamente fiel ao manga. O campo de batalha é gigante e as batalhas acontecem em tempo real, com vários personagens. Era, sem dúvida, uma proposta muito interessante na época, e continua sendo até hoje.

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A Saga GT é algo que muitos desejam nunca ter existido na história da série. É uma história extra que não existe no manga, culpada por tirar um pouco do charme da série, criar milhares de plotholes e destruir a imagem de alguns personagens. Bom, Dragon Ball GT: Final Bout não causou todo esse estrago, até porque tem uma abertura do caralho, mas é um jogo que muitos gostariam de esquecer que passaram horas jogando e se divertindo com isso. Gameplay fraco, 3D feio, comandos travados e complicados deixam esse jogo bizarro e até meio impossível de jogar. Ah, mas com gameshark tem como habilitar o macaco dourado, então tá valendo.

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Acabando a relativamente fraca Era PSX, foi aí que a porra ficou séria. Com a capacidade do PS2, tava na hora de sair o jogo definitivo de Dragon Ball e é isso que a série Dragon Ball Z: Budokai tenta ser. Com o seu gameplay intuitivo, baseado na customização de personagens, permitindo a escolha de golpes e ítens de ajuda, além de cenários bonitos, interativos, memoráveis e vários personagens bem diferentes. Muitos fãs de Dragon Ball dirão que este é seu jogo favorito, já que, além dos motivos citados anteriormente, ele quem começou a tendência de lançamento dos jogos de Dragon Ball no ocidente pra alegria da galera.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=zZgYLHBCWKc]

Embora a série Budokai sofra com o mal de serem todos muito iguais, isso era remediado sempre com mais personagens ou algum elemento interessante. Budokai 2, por exemplo, teve gráficos melhorados e umas fusões zoadas, excluindo melhorias de gameplay. Mas a série chegou ao ápice com Budokai 3. Mecânica de jogo refinada, modo história grande e interessante e 42 personagens indo de toda a saga Z até alguns do GT, filmes e do início de Dragon Ball tornaram esse o jogo supremo para qualquer fã, visto que ele, junto com o primeiro, está até com versões HD para sair.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=dqyD7lidMCA]

Antes de falarmos de mais coisa boa, vale lembrar que nesse tempo aí saiu um jogo muito ruim feito pela Atari, chamado Dragon Ball Z: Sagas. O jogo é feio, travado e sem graça, um desastre total. Tinha modo cooperativo 2 players, mas nem isso salvava. Assistam se tiverem coragem.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=VPi4z4yT-tc]

Com isso de lado, posso falar da série Budokai Tenkaichi, que foi mais ou menos o que o resto dos jogos de Dragon Ball tentaram seguir. Apesar da série Budokai fazer muito sucesso, Tenkaichi vem com uma proposta diferente, mais dinâmica e semelhante à série. Ao invés de disponibilizar apenas um plano 2D para os personagens lutarem, o jogo expandiu isso para um cenário inteiro, com mobilidade livre. Você pode se esconder atrás de pedras, quebrar o chão e mergulhar na água enquanto luta com seu oponente. Além disso, a série Tenkaichi tem uma quantidade absurda de personagens. Enquanto que o primeiro tem “só” 56 personagens, o 3º da série tem 161. 161 personagens!!!! Nem o Toriyama devia saber que a série dele tinha essa caralhada toda aí.

Mas claro, há suas desvantagens. O sistema diferente de gameplay tornou as coisas um quanto confusas, embora divertidas. Os personagens têm bastantes golpes característicos, mas são pouco diferentes entre si no básico. Alguns personagens (por falta de exposição na série) tem apenas 1 golpe característico em seu repertório. Mas de qualquer forma, são bons jogos, novamente atingindo o ápice no terceiro jogo da série (apesar o modo história frouxo).

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=obHIqIyJxdk&w=604&h=340]

No meio dos Tenkaichi saiu mais um de luta, mas mais semelhante a Street Fighter e outros jogos de luta, Super Dragon Ball Z. Tirando toda a ideia do Budokai e do Tenkaichi, SDBZ é um jogo mais tradicional, com toda história do meia lua para soltar Hadouken  Kamehameha e combos que só aquele seu amigo viciado consegue fazer. Eu não era muito fã do jogo, mas hoje em dia vejo seu valor.

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Infelizmente os jogos de PS3 e 360 não recebem uma introdução grandiosa como os de PS2, pois a série começou a estagnar. Iniciando por Dragon Ball Z: Burst Limit, é quase nada mais que um Budokai, só que mais bonito (pra caralho) e com menos coisa.  (35 personagens, comparando com 48 do Budokai 3).

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=oE3aZ8TSSp4]

Seguindo a tendência, a série Tenkaichi recebeu sua própria variação na nova geração, chamada Raging Blast. Novamente, os gráficos estão bem bonitos, mas parece que tudo que foi evoluído na era PS2 foi deixado de lado, deixando o jogo mais simples de novo. Chegou a sair uma sequência para o jogo, mas ela é quase igual a primeira. Pelo menos assistir uma partida dos jogos lembra muito as lutas do anime.

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O último jogo de luta conhecido da série, Ultimate Tenkaichi, é de longe o mais bonito de todos. Possui até um modo de criação de personagem, mas também não conseguiu sair muito da mesmice. Ele é muito semelhante à série Tenkaichi (né), mas com muitas paradas e um gameplay menos interessante.

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Embora eu devesse terminar os jogos com o Ultimate Tenkaichi por ele ter sido o último jogo a sair, foda-se as regras e fiquem aqui com o único jogo baseado na saga do Goku criança a sair pra consoles em MUITO tempo, Dragon Ball: Revenge of King Piccolo. Uma mistura bizarra entre plataforma e beat em’ up, o jogo só saiu para Wii e é baseado somente na saga pré-Z. Depois de tanto tempo da saga Z e jogos de luta, ver uma porradaria correndo solta contra vários inimigos não foi tão ruim.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=AwfxruCQDGQ]

Foi uma longa caminhada até agora, mas dá para ver em toda essa história o nascimento, crescimento e estagnação de uma série. Como jogos baseados em coisas existentes como filmes ou desenhos raramente são bons ou bem pensados, é interessante ver como o pessoal por trás dos jogos de Dragon Ball, embora gananciosos pra caralho, também se preocupavam com muitos detalhes para deixar os fãs felizes, porque só assim esses jogos venderiam.

 

EXTRA:

Sei que tem vários jogos para os portáteis, mas eles não são muito bons e nem tiveram tanto impacto assim. Se fosse para recomendar conhecer algum, diria que a série Legacy of Goku para GBA é um dos poucos que vale a pena. Quem quiser me corrigir nos comentários, fique à vontade.

UPDATE:

Pedi que me corrigissem porque sabia que estava esquecendo de algum, que é de longe o meu predileto dos portáteis, Dragon Ball Advanced Adventure. É basicamente um beat ’em up portátil, cheio de conteúdo, contando a história do Goku criança. Ele tem um modo batalha 1 vs 1 e um modo extra, onde da para jogar com até 28 (!!!) personagens, a maioria são chefes que tu enfrenta durante o jogo. É bem divertido e vale a pena, bem mais que o Legacy of Goku.

 

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=zxKWDiO3xHU&w=604&h=340]

 

É isso, vejo vocês na próxima Treta!

Terminando com o pior cosplay de Goku que encontrei na internet

Sobre

Luiggi "Afro" Ligocky é um pseudo-artista que estuda a área de jogos digitais. É um adorador de jogos japoneses e bizarros desde a época em que ganhou seu Super Nintendo. Grande fã da Nintendo, Konami e Sega.

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