Metal Gear no Brasil… por que não?

Por GAMESFODA | 08/09/2012 – 20:00


Nem parece, mas em 2012 Metal Gear está completando 25 anos! E a série não terá apenas festa e bolo (um bolo bem bonito e sofisticado, com ingredientes exóticos do jeito que o Kojima gosta): o grande presente anunciado essa semana foi um novo jogo: Ground Zeroes!

E apesar de não sabermos praticamente nada sobre o jogo, uma coisa que podemos afirmar é que ele não vai se passar no Brasil, certo? Provavelmente não, mas a possibilidade existe, pense um pouco: o último jogo já foi na America Central (logo ali) e o próximo vai ter um espadachim ciborgue brasileiro mestre na técnica brasileira da espada (???). Tudo indica que o Big Boss será o protagonista, e nosso país durante a década de 70 seria um cenário perfeito para mais um jogo da série! Duvida? Vem comigo então.

Realmente, o Brasil de hoje não teria nada a ver com Metal Gear. A única coisa que os gringos sabem do Brasil atual é que tem muita mulher bonita, samba, futebol, favelas e bandidos (valeu Max Payne), mas MGS3 e o Peace Walker mostraram que o Kojima curte selvas e governos militares com projetos misteriosos megalomaníacos, tornando assim a ditadura militar brasileira perfeita para mais uma aventura de Solid Snake… ou do Big Boss, ou do clone dele… nem sei mais.

Enfim, Snake (com o codinome Smoker Snake, pra já avisar que a cobra vai fumar) viria ao Brasil a mando do governo americano (ou qualquer outro, tanto faz) no final da década de 70 com a missão de investigar o motivo do governo militar local estaria construindo a maior usina hidrelétrica do mundo, ITAIPU! A resposta óbvia que os militares nunca revelaram é, evidente, um METAL GEAR! Um robô gigante brasileiro carregado de armamento nuclear porque, como todos sabem, a melhor maneira de soltar uma bomba nuclear é com um robô gigante bípede. Claro também que Snake só descobriria isso depois de um tempo, conversando com algum cientista perdido preso no local.

Todos aqueles que já foram a Foz do Iguaçu e proximidades fazer uma muamba básica devem saber que existe uma grande floresta por ali. Na década de 70 então, aquilo tudo era mato. Veja bem, temos uma obra gigantesca com bastante floresta em volta. Se isso não é perfeito pra Metal Gear, eu não sei mais o que é, amigo.

Finjam que isso é a Mata Atlântica

Mas Metal Gear nunca é tão simples. Tem que haver ainda uma trama política complexa pra confundir a cabeça de todo mundo. E aí entram todas as pessoas que desapareceram durante a ditadura, a revelação das “forças ocultas” que fizeram Jânio Quadros renunciar, planos para o roubo da taça Jules Rimet e os formatos estranhos das construções de Brasília projetadas por Oscar Niemeyer, mesmo arquiteto por trás do imponente Metal Gear Tupi, o Metal Gear brasileiro. Niemeyer também faz uma pontinha no jogo como um dos chefes, conhecido pelo codinome “O Imortal”. Todos os grandes mistérios da história recente brasileira seriam respondidos em uma só trama!

Um esboço do Metal Gear  Tupi de Oscar Niemeyer

E não podem faltar mais chefes bizarros baseados em estereótipos nacionais como um lutador de capoeira (com pernas robóticas), um jogador de futebol (que é cego, mas consegue acertar uma bola em qualquer lugar numa velocidade impressionante ) e a mulata sambista (que usa uma fantasia de carnaval com um grande estandarte cheio de plumas que na verdade são mísseis teleguiados), além do já mencionado Oscar Niemeyer, mente por trás de um labirinto gigante e todo redondo e minimalista onde todos os jogadores inevitavelmente vão se perder.

Podemos ter até uma participação especial de Samuel Rodrigues (o espadachim brasileiro do REVENGEANCE) criancinha. Talvez ele tenha sido criado só pra fazer o gancho com o próximo jogo, estreia da série em solo brasileiro.

O infame espadachim ciborgue brasileiro, o jogo podia servir pra explicar de onde saiu essa coisa

Faz sentido, não faz? Até um pouco demais, eu diria. Escrever essa merda me fez começar a questionar o que realmente aconteceu nesse país durante a ditadura. Mas infelizmente o Kojima não deve usar o Brasil em Ground Zeroes, a menos que ele leia esse texto com o Google Translator e resolva contratar o GAMESFODA pra trabalhar no roteiro. Enquanto isso não acontece, desejo vida longa à maior série do gênero conspiração militar/zuera – uma vida tão longa quanto a do Oscar Niemeyer, pelo menos.

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