IDEIA DE JOGO: Political Propaganda Shooter 2012

  10/10/2012 - 16:32   ideia de jogo,  
 

O ano é 20XY (X sendo um número variável que muda a cada década, e Y a cada dois anos), e um país fictício chamado Brasil novamente se vê em estado de alerta. Uma raça espacial chamada Poly Tishans tomou controle do país, e agora exerce a sua vontade a partir de um plano que atende pelo nome fantasioso de “democracia”. É assim que começa a nossa nova ideia de jogo, POLITICAL PROPAGANDA SHOOTER 2012!

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A história é a seguinte: a cada dois anos, todos os terráqueos são convocados para participarem de um processo eleitoral onde eles devem escolher quais dos Poly Tishans (escolhidos a dedo pela própria raça) exercerão o regime de soberania sob eles. O regime segue um esquema de colonialismo onde quase um terço de tudo que você paga e produz é revertido para o Estado e para o dinheiro público. O processo eleitoral é absolutamente obrigatório, e aqueles que não participarem dele podem ser detidos, que é a forma dos Poly Tishans lembrarem quem é que manda nessa porra. Os Poly Tishans só aparecem perante os terráquos a cada quatro anos, e durante esse tempo eles permanecem em sua base na cidade de Brasília, onde se alimentam da energia vital do país ao melhor estilo Lavos. Reza a lenda que os Poly Tishans gastam mais dessa energia vital na tentativa de serem eleitos do que durante o tempo em que passam no poder, o que é uma habilidade no mínimo curiosa.

“Tá, mas tem lava e espinhos?”, pergunta o Bowser

Como a linguagem deles não é exatamente igual à dos terráqueos, eles acham complicado demais tentar convencer o público de suas propostas através de diálogos, o que acaba sempre criando uma discrepância entre o que a raça espacial propôe e o que os terráqueos de fato precisam. Ao invés disso, a estratégia para convencê-los se resume à superexposição maçica da sua imagem em vias públicas e veículos de comunicação. Achando que são os donos do pedaço, resolvem sair colocando cartazes, panfletos e cavaletes em tudo quanto é lugar na esperança de que os terráqueos já se acostumem com a ideia de ver a suas caras em qualquer lugar. O resultado é que, na época de eleições, temos uma poluição visual insana, o que é extremamente desagradável. Ao final das eleições, nos deparamos com ainda mais um problema: quem é que vai limpar aquela absurda sujeira que deixou as nossas ruas uma completa imundície?

Os DomZ pelo menos não espalhavam cartazes pelo chão

E aí que entram João e Maria, os dois heróis de Political Propaganda Shooter 2012. Munidos de armas laser (produzidas na Zona Franca de Manaus), eles resolvem embarcar numa jornada pelas maiores capitais do país para poder limpar toda aquela sujeira que a raça espacial fez questão de deixar. A viagem de uma capital a outra é feita através do mascote dos dois, Lôro, uma ararinha azul que foi geneticamente modificada e agora é uma ave gigante que voa na velocidade da luz (e tem canhões, também, porque não tem nada mais foda que uma ave gigante com canhões).

O jogo segue o esquema light-gun shooter, tipo House of the Dead e Time Crisis. Você segue pelas principais vias de cada capital, e deve ser rápido no gatilho para poder detonar o máximo de propaganda política abusiva que você consegue encontrar. Cartazes, santinhos, vale tudo. Quão maior é o cargo da propaganda destruída, maior é a pontuação. Se você conseguir acertar mais de uma propaganda do mesmo candidato na mesma tela (acontece bastante, acredite em mim), você consegue um COMBO e recebe pontos bônus.

O narrador é o mesmo cara que faz a Voz do Brasil

 

Cada fase é composta por cinco avenidas diferentes, e você pode pegar um caminho alternativo se o seu ônibus demorar muito a chegar. No final da fase, você recebe a sua pontuação e precisa declarar quantos pontos recebeu para a receita, a qual desconta uma parte e te dá a sua pontuação final. Há também uma mini-game de bônus, onde centenas de santinhos saem voando pela tela e você precisa tentar acertar o máximo antes do tempo acabar e todos eles caírem no chão.

A tela de quando você perde no mini-game de bônus 🙁

Chegando no final do jogo, já em Brasília, o jogador é surpreendido por um ciborgue construído à semelhança de Juscelino Kubitschek que se move rapidamente pela tela e tem um especial onde manda 50 tiros em 5 segundos. Após derrotá-lo, o Juscyborg explode e se transforma no real chefe final: em um robô gigantesco de mais de 20 metros de altura (é que o jogo foi outsorced para uma companhia japonesa) que te ataca arremessando bolas de energia com formatos de esculturas do Oscar Niemeyer. O jogo possui diferentes finais de acordo com o seu desempenho (você precisa acertar no mínimo 50% dos alvos), mas infelizmente o Bad Ending é bem mais fácil de conseguir do que o Good Ending.

Nessa fase você precisa atirar nas bandeiras e libertar os cidadãos que foram aprisionados em troca de 10 reais

Political Propaganda Shooter 2012 está planejado para o Wii e PS Move, com um possível port simplificado para o Light Gun do Dynavision, que é pra estimular o comércio interno. Já era pra o jogo estar disponível, mas como todo bom brasileiro rolou aquele atrasozinho básico, e ainda teve a greve dos Correios pra dificultar a distribuição. Enfim, até o segundo turno já deve estar disponível em todo o Brasil.

Seguem os boatos de que a versão de 2014 (já em desenvolvimento) será maior ainda, com chefes mais poderosos, e um número ainda maior de santinhos e cavaletes aproveitando o poder de processamento extra dos novos consoles! Dizem ainda que a história dessa nova versão será ainda mais dramática e envolverá o país inteiro. Nós não perdemos por sentar e esperar. Ou perdemos?

(Lembrando que toda essa história é uma obra de arte fictícia e não passa de uma ideia um jogo. Qualquer semelhança com a minha, a sua, ou a vida de qualquer outra pessoa é mera coincidência.)

 

Sobre

Rodrigo "Rod" é de Salvador, Bahia. Estuda psicologia, finge ser escritor, e acha que entende alguma coisa sobre game design.

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