Chega às lojas Gran Turismo 6, sem drama, sem atrasos de quatro anos mas não sem emoção. Fomos à festa de lançamento organizada pela Sony no autódromo Velo Cittá em Mogi Guaçu e foi uma puta duma viagem, em vários sentidos.
Passamos o dia por lá e jogamos um monte, não o suficiente pra um review, mas o suficiente pra algumas impressões bastante sólidas. Também passeamos de Porsche (!), corremos contra grandes nomes do jornalismo de jogos do país (!!) e duelamos com ninguém menos que Bruno Senna (!!!).
Este é o primeiro jogo da franquia a ser lançado totalmente em português e, ainda que isso não signifique nada em termos de dublagem, tudo estava bem traduzidinho e não encontramos nenhum termo esquisito ou mal utilizado. Os menus ficaram mais rápidos, eficientes e bonitos que o antecessor, as marcas e suas respectivas lojas ficaram separadas por continente e é possível acessar tanto o modo online quanto correr despretensiosamente no arcade ou seguir o modo carreira com poucos cliques, todos num mesmo menu central. Os uniformes e capacetes deixaram de ser prêmios aleatórios depois de eventos e agora podem ser comprados numa lojinha – ninguém merecia ter o mesmo uniforme verde limão repetido umas seis vezes sem poder trocar por algo melhor.
Embora tenhamos jogado a versão final, ela estava sem o patch que entra hoje no ar, junto com o lançamento, então fica difícil dar um parecer definitivo. O que testemunhamos foi um jogo que aprendeu com os erros da versão anterior e demonstra ainda mais a paixão de seu criador pelo automobilismo. Gran Turismo 6 é muito bom de se jogar num Dualshock 3, mas num volante com force feedback é onde ele realmente brilha. O trabalho feito na simulação da suspensão dos carros é tão minucioso que é possível sentir cada desnível, cada pedra de um circuito de rally, a direção se torna instintiva e desafiadora ao mesmo tempo. A inteligência artificial se tornou mais constante e vencer disputas contra carros de mesmo nível de performance do seu ficou mais difícil, cometer erros é mais punitivo e é preciso ser constante – como numa corrida de verdade. Infelizmente, o que conseguimos ouvir dos sons dos carros não é tão animador.
Além de muito videogame, o evento da Sony contou com alguns momentos bastante emocionantes. Todos que estavam presentes deram uma voltinha no circuito do lado de fora do salão num carro esportivo aleatório, todos presentes no jogo. Lamborghini, Ferrari, BMW e o Porsche em que nós passeamos e nada descreve tão bem a sensação quanto “o bagulho foi loko”. E foi mesmo. Houve ainda um torneio de Time Attack em Silverstone, templo do automobilismo que finalmente chega à série.
O piloto Bruno Senna participou da brincadeira, representando a parceria do jogo com o Instituto Ayrton Senna, desafiando o vencedor da competição a dar umas voltas em Suzuka, circuito que tanto significou na carreira do mito maior.
Mito este que terá a carreira representada de forma ainda não muito clara no jogo, mas já vimos o kartódromo desenhado por ele e uma certa Lotus preta e dourada aí, então aguardem mais emoções fortes para quem é fã de corrida que acordava domingo cedinho lá nos idos dos anos 80 e começo dos 90.
No final das contas, Gran Turismo trata de um esporte extremamente preciso, frio e calculista com muita paixão e carinho, o que explica seu sucesso. O jogo tem lançamento mundial hoje e sai no Brasil por R$149,00 e num bundle especial com um PS3, jogo e 1.000.000 Cr in game por R$1099,00.
PS: Obrigado ao @revolta pelas fotos!