NEW AGE RETRO GAMER #39: Bit.Trip presents… Runner 2: Future Legend of the Rhythm Alien

  9/01/2014 - 19:13   Bit.Trip, NARG, Runner,  
 

“Ei, por que pausou a música? Deixa ela tocando aí!” (PAI, Meu)

NEW AGE RETRO GAMER #39
Bit.Trip presents… Runner 2: Future Legend of the Rhythm Alien
Gaijin Games
2013

Quando a Gaijin Games lançou os primeiros jogos da série Bit.Trip para o WiiWare, eles eram pequenos games de simples tarefas estilizados com gráficos e jogabilidade retrô. O primeiro Bit.Trip Runner, por exemplo, era quase uma recriação de Pitfall do Atari misturado com ritmo. Bit.Trip presents… Runner 2: Future Legend of the Rhythm Alien (Pedacinho.Viagem apresenta… Corredor Dois: A Lenda do ET Futurista Que Tinha Suingue) marca o primeiro título da empresa que realmente se aventura em moldar um cenário em 3D que vai além do estilizado, e o resultado é positivo: é o Bit.Trip Runner que se conhece, mas profundamente melhorado em todos os aspectos possíveis.

A história, como narrada pelo Charles Martinet (você sabe, o cara que faz a voz do Mario), mostra o herói Commander Video voando descompromissadamente em 2D com seus amigos #brotherindie, quando ele é repentinamente mandado para uma outra dimensão diferente da sua. Agora, com tudo ao seu redor em 3D, a ideia é sair correndo feito um desembestado até conseguir alcançar o Bit.Trip e encontrar o seu caminho de volta para casa.

O jogo é um, hã… um “infinite runner” que não é infinito? OK. Bit.Trip Runner 2 é um jogo de ritmo que usa o conceito de runner para poder fazer os seus paranauês. A tarefa de Commander Video é chegar ileso ao final da fase. Pra isso ele deve evitar os inimigos, subir escadas, pular desfiladeiros, chutar barreiras, rebater, deslizar, dar uns loopings, e mais umas paradas aí, tudo isso enquanto tenta coletar as barras de ouro (que valem mais que dinheiro) espalhadas pelo percurso.

Cada ação diferente do Commander é mapeada a algum botão ou direção diferente do controle, e fazê-las corretamente, além de pontos, manda um efeito sonoro específico. Então, pela hora que você consegue ter a coordenação motora para fazer o tanto de malabarismos variados que o jogo te pede, as suas ações formam uma barragem de efeitos sonoros que vão complementando a música de forma tão importante quando o level design em si. Aliás, música essa que é sensacional! Sendo um jogo de ritmo talvez isso fosse o mínimo esperado, mas os temas e canções presentes no jogo são bem viciantes e merecem ser ouvidos nas alturas. Já terminei o game tem algumas semanas, e ainda assim me empolguei o suficiente para continuar ouvindo os temas, e até quem tá ao meu redor e nem tocou no jogo já pediu pra eu botar a música mais de uma vez.

Como sequência, Runner 2 realmente se beneficia em ter tunado quase tudo que era presente no 1. O design das fases é superior, há mais variedade de obstáculos e tarefas, os bônus são melhor pensados e possui um melhor ritmo num todo. Variações nas opções permitem que mais gente continue jogando – existem três dificuldades disponíveis, podendo ser alternadas a qualquer momento do jogo, e o muitíssimo bem-vindo sistema de checkpoints no meio das fases pode ser evitado com um pulo pelo masoquista que prefere um punhado de pontos bônus à segurança.

Das numerosas barras de ouro às roupas extras, caminhos alternativos e fases secretas, há coisa pra caramba para ser conquistada e desbloqueada, e, dependendo do estilo de jogador, ele pode se contentar em apenas terminar as fases, terminar conseguindo um Perfect X (todas as barras de ouro da fase + acertar o minigame de tiro ao alvo no final), ou um Triple Perfect X (o anterior, nas três dificuldades). Para melhor ou pior, o jogo mantém registro de todas as suas conquistas e feitos, até as mais imbecis. O meu “hall da vergonha”, até o momento, foi descobrir que eu passei 15 minutos apertando o RT só para fazer uma dancinha escrota que te dá mais pontos.

O fato dele ser um título com o pé no retrô pode não ser o mais atraente para todos: fases segregadas, pontuações e perfeccionismo são herança de uma outra era, e é o que temos aqui. Mas pra quem gosta desse tipo de coisa – ou pra quem ama, como é o meu caso – é um prato cheíssimo. O TOC de querer um Triple Perfect X em todas as fases é algo amplamente opcional, ainda bem. Mas eu já terminei no Normal, e tô prosseguindo no Hard, e ainda não me cansei do jogo: no momento é meu título favorito para ir e voltar na hora que der vontade, e vou continuar fazendo isso enquanto ele for divertido. Se eu acabar completando tudo que precisava, é sinal de que ele é divertido até demais.

Bit.Trip presents… Runner 2: Future Legend of the Rhythm Alien foi, disparado, um dos meus jogos favoritos de 2013. E se tudo que você gostou de tudo que leu até aqui, capaz dele ser um dos seus jogos favoritos de 2013 também.

– Disponível para PC, PS3, 360 e Wii U, e sai futuramente para Vita e iOS. Era gratuito na PS+ uns meses atrás. Atualmente está em promoção no Humble Bundle, e você consegue a Steam Key dele pagando apenas um dólar.

Sobre

Rodrigo "Rod" é de Salvador, Bahia. Estuda psicologia, finge ser escritor, e acha que entende alguma coisa sobre game design.

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