O intuito desse artigo é lhe guiar através da escolha definitiva, respondendo se você deve ou não comprar e/ou jogar Bayonetta 2. Essa é uma questão que pode afligir diversas pessoas, principalmente os denominados membros do grupo “GAMER”, seja lá o que isso signifique. Ao terminar de ler esse texto vocês estarão 100% prontos para decidir se devem ou não gastar seu dinheiro e seu tempo nesse jogo digital classificado nas categorias Ação / Aventura / Fantasia / Esquivar dos Inimigos e Quase Congelar o Tempo de Uma Maneira Bem Loka.
1 – Me explique, por cima, o que é Bayonetta 2®.
Bayonetta 2 é um jogo onde você desce o cacete em diversos seres divinos ou demoníacos usando como personagem principal uma bruxa de óculos com pernas quase do tamanho do próprio corpo. Ela retira seus poderes, primariamente, de seus cabelos, somados a algum pacto obscuro com uma entidade demoníaca que parece ter saído de uma ala de carnaval da década de 90. Atualmente seus cabelos parecem fluir do sovaco.
Se isso não te vendeu o jogo até então, continuarei explicando apenas para parecer profissional, mas você claramente tem sérios problemas.
Você pode customizar tal bruxa, a famosa Bayonetta, com diversos armamentos que podem ser equipados tantos nos seus pés ou mãos, e eles acabam gerando combos fantásticos e elegantérrimos com praticamente qualquer merda de combinação que você colocar ali. Se esquivar do inimigo na última hora você pode congelar o tempo brevemente, gerando uma torrente de foderação que vai estrupiambar qualquer lafranhudo que estiver em seu caminho. Não dá pra deixar mais visual que isso em palavras.
Na maioria das vezes, você vai fazer um bagulho arrebentíssimo no final da fase, chamando um capeta nível um zilhão pra esfacelar a cara de outro monstrão; assim é gerada a endorfina necessária para que você se sinta compelido a continuar na próxima fase com uma empolgação ainda maior que a da fase anterior.
2 – Mas e a história, como é?
Não importa, cara! Que história? Você leu os últimos parágrafos?
Você sumona demônios de trocentas toneladas com os pelos do seu sovaco só por que você está no humor correto para tal, e você ainda quer saber qual o pano de fundo dessa confusão? Imagina se você pudesse fazer isso hoje em dia, na sua casa, se você se importaria algum caralho pra como sua família chegou até o ponto de te gerar. Molecada, demônios de sovaco! Foda-se o resto.
Mas, se você realmente quiser saber, tem umas histórias sobre Anjos, Demônios e os equivalentes dos mesmos na área de bruxos e bruxas (os Umbra e os Lumen). São coisas que o grande Hideki Kamiya com certeza escreveu sobre forte influência de entorpecentes, e são definitivamente bem menos interessantes que dar um tiro na cabeça de um demônio com uma arma presa no seu salto alto. Coisa que você precisa apenas segurar o botão “A” pra fazer.
3 – Quantos chefes tem esse jogo?
Chefes? Esse jogo tem monstros gigantescos a cada meia hora e nem os desenvolvedores saberiam dizer o que é um “chefe” ou não. Se você jogou o primeiro GAME da franquia, espere a mesma experiência elevada ao quadrado (o número que representa o quadrado é o número romano 2, fazendo a rima gramatical perfeita nesse parágrafo)!
Fora isso você vai desde controlar Mechas até trucidar seus inimigos usando a porra de um caça imbuído nos poderes capilares para destruir aberrações ainda maiores. Eu espero mesmo que você seja um grande Tora da Ludonarrativa para acompanhar todas as nuances da história no meio de tanta insanidade porradeiral, querido leitor.
4 – Como esse jogo se compara a outros aclamados GAMES da categoria Ação, como God of War e DMC?
Se eu fosse responder em apenas três palavras: dá um show.
Respondendo de maneira mais avançada, o jogo cria uma diversidade inacreditável de estética, variedade e estratégias se compararmos de uma fora crua com a maioria dos jogos do gênero. Se formos colocar em evidência que ele primariamente usa apenas quatro botões, esse brilho simplesmente aumenta.
Ele supera jogos como o do Deus da Guerra facilmente, principalmente na usabilidade das suas modificações e na facilidade que exibe em alternar entre estilos realmente diferentes e customizáveis – fazendo para isso uso de apenas um botão. Também excede a qualidade se compararmos com jogos que são marcados por sua diversificação de golpes (como exemplo DMC), exigindo menos botões para se executar combos diversos, se valendo de inteligentes pausas no meio dos combos, auxiliadas por excelentes dicas visuais e auditivas para auxiliar o usuário na execução de tais peripécias.
Mas essa parte já ficou muito pouco sarcástica: é do caralho, dragões capilares e sapatos de salto alto gigantescos aparecendo por todo lado. Até um NOOB consegue se sentir um PRO controlando essa bruxinha do balacobaco.
5 – Eu tenho um problema religioso em bater em demônios ou anjos; ou sinto-me mal jogando com uma mulher cômica, dominante e sexualmente ativa. Devo considerar esse título?
Você tem que ser muito panaca pra transformar um jogo que claramente é completamente sobre porradaria, combo e trucidação em qualquer outra coisa que não seja isso.
Aqui vai um miniguia pra você que vai jogar e possa ter dúvidas nesse caso:
a) Jogue o jogo completamente, até o final mesmo.
b) Termine a parada toda sem extrapolar sobre qualquer coisinha que você ver no seu monitor, nem tente criar pontos ao seu favor usando de alguma metáfora que lhe beneficie na área argumentativa; jogue o que está sendo mostrado mesmo.
c) Meça no final as porcentagens que você achou de Punheta/Capetagem versus Jogo.
Se der mais que 5% Punheta ou Capetagem nesse teste, o punheteiro/satanista aqui é você. Pois eu não conheço ninguém pior que eu nesses quesitos e nossos resultados não estão batendo.
6 – Eu possuo um console Nintendo, modelo Wii U, devo comprar esse jogo?
Sim, absolutamente. Principalmente se você tiver apenas esse console. Outros jogos que você deve comprar esse ano são: Smash Bros, Captain Toad e Sonic Boom (dependendo da sua orientação sexual antropomórfica).
Não compre Hyrule Warriors, a menos que você queira ser motivo de chacota entre os seus amigos.
Considerações Finais
Falando sério: Bayonetta 2 é um dos melhores jogos de ação dos últimos tempos (quiçá da última década?). Possuindo mecânicas limpas, uma curva de progressão tão bem construída quanto em seu primeiro título e, mesmo que falhando um pouco em uma história muito viajada e pouco importante, consegue entregar uma experiência completamente memorável.
Bayonetta 2 joga fácil e domina o campo, parece que está brincando e não se esforçando em ser o que é. Chega até ser difícil fazer uma análise longa e séria com um título que brilha tanto assim com tanta simplicidade e pé no chão. Seus pontos altos são tão claros e óbvios, aflorando de uma maneira tão básica, que é quase inevitável trata-los como se fossem obrigatoriedade raramente encontrada em outros títulos do gênero. Motivos esses que claramente geram em seu rastro um incômodo questionamento do motivo de mais jogos não seguirem esse patamar.
Se sua única incerteza realmente for se você deve ou não jogar Bayonetta 2, não tenha dúvidas.
Pingback: Esta semana em GAMESFODA – A Edição dos AMVs sem Linkin Park | GAMESFODA