Qualé a desse tal de… Resident Evil: Revelations 2 – Episódio 1

Resident Evil: Revelations 2 é um jogo em episódios que serão lançados semanalmente. Da mesma forma, a análise será semanal, e menor do que de costume, analisando parte a parte.

Eu tentei o máximo que consegui olhar para a metade do copo cheio em minha análise do sexto jogo da série Resident Evil, mas quanto mais o tempo passa, menos consigo gostar do que sobrou na minha memória. A versão do primeiro Revelations em HD ficou legal, mas ainda assim era um jogo portátil em tela grande. Ou seja: no melhor dos casos a franquia parecia apenas usar de paliativos para aliviar a dor dos fãs.

Foi então realmente uma surpresa ligar o primeiro episódio de Revelations 2 e, após uns vinte minutos, perceber que estava me divertindo com a experiência. Não simplesmente me entretendo, coisa que até o sexto fez, mas realmente curtindo aquilo que estava jogando.

Veja bem, a franquia não virou uma obra prima. A história ainda faz tanto sentido quando qualquer série que tenta amarrar dez títulos principais, e o conteúdo no geral não é algo que mereça prêmios de game design. Mas pela primeira vez em muito tempo vejo a Capcom escutando e respondendo às críticas diretamente.

O jogo consiste em quatro episódios divididos em duas partes, cada uma ocupando cerca de quarenta minutos a duas horas, dependendo da sua habilidade e ritmo. Em uma delas você joga com a Claire e a Moira (filha do Barry), enquanto em outra controla o Barry e uma menininha misteriosa chamada Natalia. Nada de muito novo aqui se você for comparar levianamente com o sexto jogo, mas dessa vez esses personagens secundários realmente importam.

A Claire e o Barry são os que cuidam das armas, levando todo o arsenal que você precisa pra enfrentar os monstros. Já a Moira e a Natalia não levam nenhuma arma de fogo e funcionam de maneira diferente. Moira tem um pé de cabra que serve para abrir portas e baús, e uma lanterna para iluminar e encontrar itens escondidos. Natalia consegue identificar zumbis através das paredes e também apontar itens escondidos pelo chão.

Primeiramente a mecânica de procurar itens é muito importante, pois aqui os recursos são bem mais escassos que no sexto jogo ou até mesmo que no primeiro Revelations. Isso é um detalhe muito bom, pois assim o jogador consegue se sentir mais tenso e mais no clima de sobrevivência que a franquia possuía antigamente, te forçando a não correr pelas fases (pelo menos na primeira jogada), procurando itens com o personagem secundário.

A mecânica de abrir portas da Moira e a mecânica de enxergar zumbis da Natalia também são muito bem feitas, incentivando a alternância constante entre os personagens. A garotinha, por exemplo, é parte chave nas sequências do Barry, que em sua maioria focam bastante em furtividade. E alternar para ela ajuda em planejar como você vai prosseguir por uma sala, como se fosse um radar.

E olha que maravilha: abrir portas agora não requer mais um Quick Time Event. Isso significa que o jogador pode pedir para a Moira abrir uma porta fechada com tábuas e ela ficará fazendo força pra abri-la sem que você precise apertar o botão de ação repetidamente. O que isso importa? Você pode alternar para a Claire e ficar protegendo sua parceira, algo impraticável se os QTEs ainda existissem aqui. Esse tipo de coisa aumenta em muito a razão para existir outro personagem, e conecta mais o jogador aos personagens.

Fora o estilo de jogo diferente entre as duas partes (como já mencionado acima sobre o estilo mais furtivo de Barry), inimigos distintos também aparecem em cada parte, as armas dos personagens são distintas, e as histórias se passam em caminhos e períodos diferentes de um mesmo mapa, melhorando a ideia de ramificação que surgiu nos primeiros jogos.  Muitas dessas coisas já existiam em outros jogos, mas agora todas elas se juntam de maneira coesa, e conseguem trazer motivos para empolgar o jogador em jogar um lado B da história. O capítulo do Barry, inclusive, sempre vai além do ponto onde a Claire foi, servindo como um gancho para o próximo episódio.

Enfim, Revelations 2 é um jogo totalmente superior aos últimos jogos da série, onde vemos um cuidado e resposta aos problemas antigos que não víamos há muito tempo, além de uma melhora geral em muitos outros aspectos. Ainda temos muito para comentar desse jogo. Mas será que tudo são flores nesse novo título? Saiba disso quando voltarmos semana que vem para o próximo episódio!

… é assim que faz, Capcom? Estou fazendo suspense certo?

Resident Evil: Revelations 2 está disponível para PS3, PS4, PSVita, XBOX 360, XONE e PC. Esta análise foi feita a partir de uma cópia de review da versão PC, nos cedida pela Capcom Brasil.

Hynx

Sobre

Um rapaz gordo com cara de mendigo, que só quer saber de: jogar, salvar state, carregar state, irritar pessoas, escrever, e quem sabe até ganhar um beijo doce da Rainha do Rodeio.

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