Parece mentira, mas Wonder Boy: The Dragon’s Trap está recebendo um remake!

Nem eu acreditei direito quando soube da notícia, mas é verdade.

Wonder Boy: The Dragon’s Trap – Terceiro título da série Wonder Boy, e segundo da série Monster World (é confuso, não pergunte) – está recebendo um remake com gráficos inteiramente desenhados à mão. Pra quem não sabe, o jogo é um clássico do Master System e do PC Engine, e apesar de seus infinitos nomes, é mais provável de vocês conhece-lo como Turma da Mônica em O Resgate.

O jogo parece ser uma conversão extremamente fiel (fiel até demais, se eu for falar a verdade) do original, retendo o mesmo level design e transformações, parecendo ser essencialmente um remake mais estético. O estilo da arte e da música são um tanto únicos, pegando agora em uma vibe mais cartum super-deformed (obrigado, Shana), e definitivamente dissonantes do estilo hiper-colorido, vibrante, anime-dos-anos-80 da série original.

O jogo está sendo publicado pela DotEmu junto com uma tal de LAT e está desenvolvido por uma empresa francesa relativamente nova chamada Lizardcube (com uns caras que anteriormente trabalharam em Soul Bubbles, do DS) e assim como Monster Boy, também tem o envolvimento direto de Ryuichi Nichizawa, co-fundador da Westone e criador original da série! Ou seja, do nada temos não só um, mais dois revivals de Wonder Boy, assim, do nada!

Segundo a DotEmu, foi uma bagunça bem complicada passar pela papelada necessária para assegurar os direitos da série – particularmente eu estou espantado em não ver o nome da SEGA em absolutamente nenhum lugar do trailer. Por mais que a história de licenciamentos da série seja possivelmente uma das MAIS CONFUSAS da história dos videogames*, acho incrivelmente estranho ver como se eles não fossem mais detentores de absolutamente nada do nome, ainda mais visto que até fizeram relançamentos oficiais de jogos da série – como o espetacular, fabuloso, maravilhoso Monster World IV – uns anos atrás.

* (de novo, sério: não pergunta. A SEGA tinha licença sobre os nomes e a Westone tinha direito sobre os programas. Os jogos tinham nomes diferentes de acordo com o console que saíam. A numeração e nomenclatura é COMPLETAMENTE DESTRAMBELHADA entre lançamentos orientais e ocidentais – Final Fantasy não é nada perto disso aqui! – e ainda entra o Maurício de Sousa pra complicar tudo mais ainda. Quem quiser saber mais, vai no Wikipedia ou no Hardcore Gaming 101 e se informa. Sério, eu amo a série de PAIXÃO e NEM EU consigo entender todas essas pecularidades de tão confuso que é, então se vira.)

O estilo desse novo Wonder Boy está bem incrível, por mais que seja um pouco estranho tentar associar visto que é tão diferente do Wonder Boy que a gente conhecia antes. Acho que eu finalmente entendi como os fãs de Final Fantasy se sentiram quando conheceram o XII…

Mas que se dane, é Wonder Boy! Com sorte isso dá um impulso para novas criações na série e até mesmo um futuro. De qualquer modo, descansem garantidos que o jogo vai ser bom: eu joguei The Dragon’s Trap pela primeira vez uns 3 anos atrás e posso confirmar que o jogo continua fortíssimo e é um Metroidvania de respeito, mesmo 27 anos depois. (aliás, muita gente – muita gente mesmo – considera ele o melhor jogo de Master System. Eu incluso.)

Pra quem quiser matar a saudade, fica aí com um trechinho do jogo original, na sua versão do Master (nada do Chico Bento com um trabuco aqui, desculpe):

O site oficial é TheDragonsTrap.com e sei lá quando sai, mas vamos esperar pra ver. Pode vir, Meka-Dragon! Tava com saudade de enfrentar você de novo, mesmo.

E vai ter porco fumando, SIM! (Inclusive, o sinal de “Shopping Please” ali é um bom sinal de que os caras realmente tem amor pela obra original. É como um “Buy somethin’, will ya?” do Zelda. Enfim; as coisas parecem estar em boas mãos. Espero que estejam.)

Sobre

Rodrigo "Rod" é de Salvador, Bahia. Estuda psicologia, finge ser escritor, e acha que entende alguma coisa sobre game design.

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