Como os próprios brasileiros estão manchando a imagem do ~Brasil dos Games~

  28/05/2013 - 16:35   brasil,  
 

Que poético: meu texto de número 100 aqui no GAMESFODA na verdade é o meu primeiro post piloto, escrito há quase um ano atrás antes de eu entrar para o site, e nunca publicado até agora. Claro que precisamos dar uma editada e uma mudada no conteúdo original, mas está aí, ainda relevante de certo modo (infelizmente) um ano depois de escrito em ira.

Se você é um jogador ativo em qualquer jogo online de grande escala, com certeza sabe da fama que brasileiro tem de arruinar a diversão alheia. Na visão dos gringos, o nosso espírito virtual é o eterno “HUEHUEHUE GIBE MONI PLOX”, com aquela atitude despreocupada e brincalhona de quem não leva nada a sério. Caso você seja ainda mais ligado nos sites estrangeiros, sabe que essa fama já passou da simples jogatina e hoje invade fóruns, blogs e praticamente qualquer lugar que brasileiro possa estar virtualmente.

Vamos começar esclarecendo que, atacando a atitude de muitos brasileiros, eu não estou defendendo o resto do mundo. O principal problema é que o jeito de agir de grande parte dos jogadores verde e amarelo não é só uma zuera forte com os estrangeiros. Todas as manias e posturas a serem ditas aqui acabam afetando a nós mesmos e a maneira como jogos eletrônicos são tratados no Brasil, ou seja, sem seriedade alguma.

“Você tá levando isso muito a sério!”

Às vezes é mesmo, cara. Sério...

Às vezes é mesmo, cara. Sério…

Não importa o que você faça e nem com que intensidade, em algum momento vai surgir alguma dificuldade maior no meio do percurso. Seja durante a produção de um jogo ou durante sua épica escalada até o level 85 do seu Paladino, mais cedo ou mais tarde vai dar alguma merda e você vai acabar estressado. Durante o seu desabafo, amaldiçoando um bug ou reclamando da distribuição do loot, sempre vai ter alguém para apontar que você está levando tudo muito a sério.

E quem melhor pra achar que as coisas não devem ser levadas a sério do que os Brasileiros?

Para quem está de fora pode parecer até babaca gastar sua energia e tempo em joguinhos, algo que ainda deve demorar muito para que ser reconhecido como algo sério e respeitado em nosso país. Tem pessoas gastando tempo que não têm para fazer jogos que não sabem se vão dar certo, ou treinando para atingir um nível mais competitivo e profissional em um jogo. Tudo o que essas pessoas não precisam é de alguém fazendo pouco caso do empenho deles.

Invejinha Virtual

Acontece em todo lugar…

Em muitos casos, isso é quase uma variante ou especialização da atitude anterior. Aqui se enquadram os caras que já estão relativamente bem inseridos no mundo dos joguinhos eletrônicos e têm certo respeito pela coisa, mas possuem aquele recalque misturado com ignorância que os faz desacreditar nossos melhores representantes.

Sei que pode não parecer para vocês, leitores do site que manjam da qualidade do trabalho da nossa galera Indie, mas apenas uma minoria de brasileiros consegue colocar fé nos desenvolvedores e jogos daqui. Todo o resto está pela internet botando olho gordo em qualquer trabalho que não seja gringo. “Brasileiro não consegue fazer jogo bom”, “brasileiro não pode ser um bom jogador profissional”, “arte de Brasileiro é um lixo”, “Brasileiro não manja fazer site bom de games” etc. O pessoal adora gorar.

E quando alguém daqui ganha destaque internacional, provando que essas presunções estão erradas, a turma insiste em não apoiar. Eu sei que isso pode parecer um discurso de mãe orgulhosa, mas não consigo explicar esse fenômeno sem associá-lo com inveja de quem está obtendo sucesso. É muito mais fácil mascarar esse sentimento criticando cada mínimo detalhe de maneira destrutiva do que dar aquela força, ou tentar fazer a diferença também.

Sei também que muitas das pessoas afetadas por esse tipo de atitude aprenderam a relevar e a rir com a situação, mas isso acaba gerando uma cultura do “deixa pra lá”, que é justamente um dos fatores que impede nosso crescimento e reconhecimento interno. Mas, ao menos enquanto essa mentalidade continuar, é bem compreensível a escolha de diversos desenvolvedores brasileiros de não lançarem seus jogos em português.

Falta de Feedback

Image

Assustador, mas pelo menos é ALGUM feedback, certo?

Esse ponto também é tão culturalmente brasileiro quanto acarajé e samba. Brasileiro NÃO dá feedback. Ponto final, fecha a casa. Sério, até aqui no site, onde a galera é mais esclarecida e tá dando uma força sempre que pode, às vezes não recebemos tanto quanto poderíamos para continuar progredindo.

Vivemos num país onde somos obrigados a aprender a conviver com oportunismo e sofremos muito com isso de maneira direta ou indireta. Sempre tem aquele cara que engrandece o trabalho do chefe pra ficar bem na fita, ou o dono de restaurante que deixa a refeição por conta da casa pra um político importante. Com esse jeitinho brasileiro, ficou estipulado na cabeça da nação que elogiar é chupar rola ou querer algum benefício de volta.

Uma pessoa entra num site bacana ou lê um texto interessante e simplesmente NÃO escreve que gostaram do conteúdo, seja por comentário, e-mail ou o que for. Por que você o faria, não é mesmo? O que tem a ganhar em troca? Ou pior: vai que o dono do site acha que você tá pagando pau?

É claro que feedback não envolve apenas elogios, podendo vir em forma de crítica. O fato é que a lógica é a mesma (e, quem sabe, fazendo um combo com a parada da inveja), o povo não vê razão em criticar construtivamente alguém. Afinal, críticas são apenas para humilhar e diminuir o terceiro, correto? Mais um paradigma de uma geração de trolls.

E aí? O que isso importa?

E o Quico?

A maioria das coisas ditas aqui, tenho que confessar, acontece também em outros países, claro. Mas creio que não preciso dizer que o assunto de jogos eletrônicos no geral é tratado de maneira mais séria em outros países também. A desunião e descaso são tão aparentes por aqui que soa até estranho dizer que somos somos uma comunidade. Mas mesmo assim você pode perguntar: que diferença faz sermos desunidos? Isso importa mesmo?

Bom, amigos, importa muito.

Quando digo que isso afeta a maneira como jogos eletrônicos são vistos no Brasil, não digo apenas sobre o respeito que o assunto recebe ou sobre os problemas que temos quanto à importação, venda, e produção de jogos. Envolve também a tudo que rodeia isso. E se, quem sabe, estamos melhorando em alguns setores, em outros estamos vivendo um pré-steampunk metafórico. Um sonho de crescimento, sem as ferramentas para alcançá-lo.

Como vender um site/jogo/ideia/arte para pessoas dispostas a pagar ou financiar isso quando tudo que o povo com verba vai ver são críticas péssimas e opiniões desfavoráveis vindas do nosso mercado interno (que, ao menos para os investidores locais, seria o público alvo)? A atual atitude da massa favorece produtoras grandes e sites copy pasta, que são fáceis de vender pra quem não entende merda nenhuma do assunto (leia-se: quem é dono da grana), por serem de renome ou pertencerem a um portal já conhecido. Desfavorece o produtor indie com ideias novas, os sites e blogs que geram conteúdo próprio e acrescentam opiniões além do CTRL+V, e projetos que jamais sairiam do chão sem apoio popular.

Quem vai apoiar esses preguiçosos que não querem fazer tipo um Rayman Origins?

Parte daí, também, a explicação de por que não temos tantos eventos de jogos eletrônicos atualmente em nosso país, ou por que diversos desses acabam morrendo. O povo não vai e se vai não aprecia. Se apreciar, não demonstra, não abre a boca, não mostra a cara. Se não apreciar, zoa tudo, não ajuda, não critica construtivamente. A massa quer só jogar, não quer debater, falar e discutir. A maioria quer rir e trollar, porque ser sério e maduro às vezes com uma coisa que você gosta pra caralho é coisa de nerd perdedor, não é mesmo?

Chega até ao ponto da galera menos esclarecida colocar à frente de decisões simples e resoluções de pouca importância qualquer oportunista que consegue falar um pouquinho melhor (e, sem citar nomes, nem fala tão bem assim) e articular os interesses da “comunidade”. Esse é o ponto onde estamos: tão perdidos que não temos nem condição de tomar as rédeas da situação e definir o que realmente queremos, largando tudo nas mãos do primeiro espertão que aparece.

Colocar pessoas como mencionadas acima à frente de escolhas que poderiam melhorar a realidade dos jogos eletrônicos no Brasil atualmente é uma consequência lógica. Pessoas assim são como o Batman: não é o herói que a gente quer, mas o herói que a gente merece (no mau sentido). Elas têm a exata mentalidade que o pessoal trollador e ignorante têm, não compreendendo a comunidade independente e com pouco contato com as pessoas que realmente se importam com o assunto no país. Se não cito nomes diretamente não é por medo de me sujar, mas por ser irrelevante: enquanto o comportamento geral não mudar, sempre vai ter um oportunista que não entende merda nenhuma liderando todos que aplaudem qualquer porcaria sem pensar.

SONY DSC

Eu não sei como essa imagem veio parar aqui. Me desculpem!
(Foto: Baixaki/Tecmundo)

É óbvio que nem todos fazem parte do podre da maçã, como sabemos pela participação construtiva dos nossos próprios leitores, e é triste ter que esclarecer coisas que soam um tanto quanto óbvias, como se eu fosse um diretor dando bronca em um aluno da quinta série. Mas tem que ser feito. Temos que tentar fazer o conceito mudar. Não podemos aceitar as posturas atuais como sendo “normais”.

O povo do Brasil é um povo bem humorado, que sempre gostou desse jeitão de brincadeira e descompromisso, mas as coisas acabam por se confundir demais. Vejam que essas críticas estão em um site conhecido por sua zueira, coisa que a gente não nega e tem até orgulho. Mas, mesmo com toda brincadeira e informalidade que passamos às vezes, temos um puta respeito e seriedade com o que fazemos e como tratamos o assunto de jogos eletrônicos. Falta discernimento para entender o que é zuera descontraída e o que é pura chucrice e infantilidade.

E ele ainda se pergunta por que os desenvolvedores daqui não traduzem o jogo, com um público tão querido assim.

Se não criticarmos, não apontarmos os erros e não ficarmos putos com a situação, todos temos uma parcela de culpa no caso. Enquanto tiver uma galera enorme levando o tal do “Brasil dos Games” nesse jeitinho brasileiro de ser, trabalhar e viver de games e para games no Brasil continuará impossível, ou pelo menos um puta de um sufoco.

Hynx

Sobre

Um rapaz gordo com cara de mendigo, que só quer saber de: jogar, salvar state, carregar state, irritar pessoas, escrever, e quem sabe até ganhar um beijo doce da Rainha do Rodeio.
  • Mugentsu

    Ótima reflexão, Hynx! Esse é o tipo de texto que deveria ser emoldurado na porta da internet/ jogos.
    E quanto a foto penetra, tá desculpado! Mas desde que isso se repita mais vezes, ok? ;P

    • Faremos o possível, lol

  • É bem verdade que o brasileiro tem esse tipo de comportamento em relação aos games. Porém vale lembrar que o brasileiro não age assim apenas nos games, mas em qualquer parte da internet. O que falta muitas vezes é a educação do publico alvo que infelizmente não anda sendo das melhores.

    • Sim, isso é verdade, acontece em praticamente todo lugar. O foda é que, sendo jogos eletronicos um assunto que já não é visto com tanta seriedade assim em qualquer lugar, quando o próprio público que ama a parada trata a coisa desse jeito o resultado é o que temos atualmente.

  • Uma coisa sobre a fama de brasileiro em fórum/jogo online/etc é que, ao mesmo tempo que todo mundo tem vergonha daqui, todo mundo tem orgulho. Você faz uma conta em qualquer jogo e coloca "BR" no nick. Pra quê? Você pode ser só DarkUchiha, não DarkUchihaBR, o BR só serve pra manchar ainda mais a coisa caso você faça merda (e você geralmente faz, por querer ou não). Mas ninguém vai se benificiar com a sua nacionalidade. Eu nunca vi um DarkUchihaUS, por exemplo – e olha que americano é um povo composto por gente igual povo dos comentários que tu botou na matéria, como disse um sábio uma vez.

    Mas indo além: o caso Moaça foi um ato desesperado do cara que acabou dando muito certo. Até eu apoiei o jogo justo nas primeiras semanas porque porra, que dahora vai ser se o jogo ficar mais barato aqui, né? E foi uma lábia com vírgulas demais mas com um discurso tão idealista que a gente foi na onda até ver que não era bem assim, justamente porque a gente QUERIA TANTO uma atenção maior pro mercado de joguinhos que qualquer representante faux-político que aparecesse seria pelo menos alguma coisa e deu no que deu. Agora a gente já tem até selo feito com wordart na capa de joguinho pra falar que "game é cultura" sendo que geralmente quem vai na sessão de joguinhos de um lugar já sabe o valor cultural daquilo, mesmo se for pra comprar algo de esportes – se você tá disposto a pagar mais de cem reais numa parada essa pessoa SABE que isso tem algum valor. Não precisa de selo.

    Até um tempo atrás esse sentimento "preciso mostrar que sou brasileiro" acabava infectando o mercado mesmo – não só nos hacks com personagens brasileiros, mas nas paradas feitas do zero aqui também. Rolava aquela necessidade de fazer algo "brasileiro" no jogo, botar uma mula sem cabeça aqui, uma capoeira ali e manter isso como marca de produto. Hoje em dia isso já foi superado, o maior exemplo foi justamente aquele entrevista da galera de Out There Somewhere falando que não precisa fazer isso pra ser um jogo e eu achei isso demais. Assim como os filmes até um tempo atrás eram sobre favela e militarismo e hoje em dia tem uma gama muito maior de temas.

    O problema é: por mais que a mídia evolua, quem consome essa mídia tem que evoluir também, e brasileiro peca demais nisso. Não só os "Viciados em Games", em qualquer site que você vá sempre tem meia dúzia de gente idiota comentando – ou até divulgadores, de que adianta tu fazer um gameplay de Lollipop Chainsaw se é só pra falar "que loiraça gostosa"? Ou um de Catherine pra falar "joga esse jogo escondido da namorada pq ele destrói relacionamentos hein hehe"? É normal fazer uma brincadeira de vez em quando e ninguém sabe disso melhor que esse site, mas sem perder o foco. Se você quer que joguinho receba mais atenção como obra, para de tratar como se tudo fosse um filme do Michael Bay. Para de tratar tudo como diversão e peitos. Para de falar mal de jogo que tu não gosta sem achar um motivo válido. Cresce e ajude a mídia a crescer, pois o tanto que ela cresceu já ajudou muito, então vamos perder esse mentalidade de moleque com problema de hormônios e vamos pensar direito no que a gente consome e critica.

    Enfim, excelente texto como esperado, pena que eu suponho que infelizmente quem precisa ler não acesse o gamesfoda, mas como foi dito no twitter, é mais um desabafo. Esperemos que alguém ache ele pelo google e também vire um "vamo botar a mão na consciência" e tire um pouco as toxinas de todos os outros sites de jogos ou vamos ter que nos manter afastados das sessões de comentários.

    • Digo mesmo, mais um grande comentário seu, e assino embaixo. É triste mesmo o público que precisa ler ser exatamente o que não vai ser atingido pelo texto, mas quem sabe um certo site por aí não copia esse texto pra por no site deles, né?

  • É por isso que gosto do Gamesfoda, sempre abordando assuntos polêmicos de uma forma genial.

    Sobre a "comunidade", concordo e foi por esses motivos os quais eu não jogo MMO, MOBA e coisas do tipo (me irrita muito e já basta o trampo pra jogar numa internet ruim)

    Galera reclama de barriga cheia: se não tem jogo brasileiro reclama. Aí se tem, reclama que o jogo é uma bosta por não ser traduzido. Por mais que não goste desse argumento, o ditado "Faz melhor então, cabaço" se aplicaria bem.

    Outra coisa detestável: puta assunto interessante a respeito de games e comentam com "kkkkkkkkkkkk".

    Enfim, extravasei (e prometo ser mais participativo nos comentários e deixar minha timidez online de lado. hahaha)

    • O pior é que geralmente as pessoas que criticam destrutivamente não sabem o trampo envolvido nos jogos que eles acham um lixo. Eles são tão ignorantes que realmente acham que conseguem fazer melhor.

      • Exatamente. Se acham os reis da porra toda, acostumados a serem mimados por se sentirem poderosos por esse tipo de coisa. (não me pergunte a lógica nisso)

        O maior problema é que essa ignorância, como você falou, só aumenta ao invés de diminuir.

        • Isso é tão verdade que vai olhar uma turma de primeiro semestre em Ciências da Computação ou alguma outra faculdade da área de TI….
          De 60 alunos, 40 entraram lá achando que depois de 4, 6 anos, vão sair os "magos da internet" e vão saber "raquear o feice" ou "descubri a senha do eme esse ene da gata"… Desses 60, 15 se formam depois de 4,5 anos. Galera muito sem noção e fala sem saber das coisas! E quando levem uma ruim, não sabem aceitar e partem pra ignorancia ao invés de se esforçar pra melhorar e devolver na mesma moeda!!

  • tô no trabalho, e portanto não tive tempo pra ler por inteiro, mas não me segurei em já deixar um questionamento embasado na…sei lá, percepção da vida:

    Quando eu estava no colégio, a maioria dos meus colegas falavam "QUE MERDA HISTÓRIA/FILOSOFIA" e qualquer tipo de disciplina que incentive a desenvolver um raciocínio não exato, que busca mais por novas questões do que por respostas absolutas. Pra mim, isso sempre soou com PREGUIÇA MENTAL.

    Não estou menosprezando ciências exatas de forma alguma pq elas são essenciais para o desenvolvimento do próprio raciocínio mais organizado, como todo mundo sabe, mas as pessoas tem preguiça de questionar. Logo, isso acaba evoluindo para um cidadão/consumidor/profissional que, eventualmente, tem preguiça de pensar por si próprio. E isso, por sua vez, faz com que o cara não sinta absolutamente nenhuma empolgação em sair por aí espalhando "o que ele se deu conta".

    Então, quando você fala ali da falta de feedback, eu imagino que ele esteja atrelado exatamente a isso: a falta de incentivo para pensar por si próprio no início (quando a pessoa está na escola), o que repercute em uma falta de INTERESSE de pensar por si próprio e, logo, é aquela coisa de "se já disseram, pq vou questionar?".

    Enfim, acho que me perdi um bocado do PONTO NORTE de toda a discussão, mas a moral é que quis ponderar: será que a falta de feedback não está ligada com a falta de vontade das pessoas em, simplesmente, PENSAR?

    • Sim, pode ser. As pessoas leem e muitas vezes não absorvem. Se absorvem têm preguiça de pensar o que ganharam lendo aquilo. Se chegam nesse terceiro estágio raro, falham em passar para o autor essa experiencia, por mais óbvia que ela seja. E essas coisas, óbvias ou não, são o combustivel que movimenta nosso ânimo pra criar mais, ou para melhorar.

  • filaruina

    Ótimo texto!
    Acho que todos já sofremos por causa da "fama" que os brasileiros tem nos jogos.
    Quando alguém pergunta um "BR" eu fico com uma leve vergonha de responder, triste chegar nesse ponto =/

    • Geralmente perguntam BR já esperando tristeza. Lol…

  • Danilo Salvego

    Ah Hynx, sempre postando um artigos bem legais. Cara, gostei muito do que vc escreveu e na real nunca acreditei muito nessa fama de brasileiros para games no exterior. Eu só tive contato com brasileiros quando o Steam veio com o Boa Compra. Daí o fórum em portugues começou a bombar e eu sigo (e ajudo) sempre que posso os posts por lá.

    E cara, eu não imaginava que isso era tão comum. Gente postando DO NADA no fórum pedindo games de graça, bem no estilo “HUEHUEHUE GIBE MONI PLOX” – cacete, como nunca vi esse meme por aí???

    Bom, galerinha tem que aprender muito sobre redes sociais, imagina só sobre games online. Tem site que eu simplesmente desisti de participar só pelo nível dos comentários. Mas aí a gente entra em outra discussão, que eu ainda acho que falta um pouco de moderação. Digo, moderação pesada mesmo, ban, suspensão etc. Ce vai num UOL Jogos da vida é insuportável, simplesmente pq eles só moderam links externos para games piratas.

    Encerrando pq não quero escrever outro artigo aqui. Cara, parabéns, muito bom o texto.

    • O pior é quando o próprio site já dá abertura pra esse tipo de coisa. O Fórum UOL tem sua parte descontrolada, sim, mas em alguns setores mais específicos você ve algumas pessoas realmente se dedicando aos games, ou fazendo o melhor que pode.

  • Cara, parabéns, como desenvolvedor INDIE, tenho tido bastante problemas em fazer meus amigos e pessoas próximas entenderem, que eu não quero fazer uma cópia de um joguinho popular lá fora, quero algo com nossa identidade, algo com o jeitinho brasileiro(O bom jeitinho não o outro). O brasileiro ainda tem essa ideia do que é feito aqui não tem qualidade, o que acaba acontecendo? essas tecnologias são vendidas la para fora, ai o povo bate palma achando que foi feita por algum gringo. Alguns bons exemplos:

    Lua – Uma linguagem de Script desenvolvida na PUC -SP
    Boo – Uma linguagem usada na Unity3D desenvolvida por um cara chamado Rodrigo

    Claro que temos muitos outros exemplos, de pessoas que precisam sair do pais para terem seus trabalhos reconhecidos aqui!
    Espero que com posts como o seu, essa mentalidade do brasileiro venha a mudar com o tempo.

  • Ótimo texto! Parabéns!
    Nunca havia pensado sobre o quão importante esse feedback é, não costumo comentar em matérias assim, mas o maior motivo é o fato de eu não saber escrever muito bem, ou, pelo menos, me expressar muito bem através de um comentário. Vou tentar passar a dar um feedback melhor daqui pra frente.

    • Simplesmente dizendo o que você achou, e o que pensou ao consumir um jogo, ver um desenho, escutar uma musica, ou ler um post, você ajuda não apenas a dar uma sensação de visibilidade ao criador, como a incentivar o mesmo a continuar criando. Apareça sempre.

  • meninuigu

    Brilhante essa análise.

    É uma pena que brasileiros, em comunidades online, se comportem como perfeitos retardados e não seguem regras. E espero que, quem for ler esse artigo, reflita e saiba que a zuera tem seus limites sim, apesar de aparentar o contrário.

  • RodrigoRodrigoR

    Aonde assino?

  • lebygue

    Eu assinaria embaixo e autenticaria em cartório, mas vejo uma outra dimensão no que diz respeito a esse público" HUEHUE" que acaba mordendo o próprio rabo quando tenta sabotar tudo e a todos. Uma parcela do público gringo é assim também e qualquer olhada em caixa de comentários de site estrangeiro pode provar isso. Mas esse não é meu ponto. Tendo sempre os Estados Unidos como parâmetro, a gente vê que lá os jogos são levados a sério por uma parcela restrita do público gamer e que, pela proximidade com a indústria e pelo dinheiro que ela movimenta, jornalistas, blogueiros e quem mais viva dos games, levam a coisa num grau de seriedade que a gente dificilmente vê aqui. Mas a maior parte do público está interessada em consumir o que é enfiado goela abaixo mesmo ( a conferência do XBOX ONE é prova disso: eles pensam que é mais importante atender ao jogador médio que compra um ou dois AAA's por mês, fazendo-o ficar, apesar disso, na frente do console através dos recursos para televisão). Pois bem, eu acho que é aí que mora a grande diferença. Aqui, também uns poucos levam a coisa a sério, a grande maioria dos consumidores quer o próximo Call of Duty e mais nada. Qual a diferença? O nosso mercado é muito menor. A movimentação cultural dos games lá (que é pequena, se pensarmos no tamanho da indústria) é trezentas vezes maior do que a nossa porque movimenta muito mais dinheiro. Os trolls também atacam loucamente lá, é só ver os episódios envolvendo Fez e Phil FIsh: também lá o "Zé Povinho online" pratica autossabotagem. O que torna o mercado americano interessante é o dinheiro, a iniciativa de uma indústria funcionando e dando condição de trabalho a quem tem uma ideia. Nesse sentido, a cultura "HUEHUE" não é uma causa do problema. É um efeito. O problema tá no empresariado brasileiro não ter percebido o tamanho da oportunidade que tem em mãos. Tenho certeza que se algum corajoso colocasse uma nota no estúdio que fez Oniken eles teriam toda a condição de fazer um sucesso comercial. E sabe o motivo? É que viria, além de tudo, verba de publicidade, o Zé Povinho veria o jogo anunciado loucamente na home do UOL e o hype poderia andar. E aí os desenvolvedores fariam dinheiro. Mas os trolls continuariam a falar. Pergunta pro Phil Fish ou pros desenvolvedores de Super Meat Boy se o jogador médio americano é muito mais gente boa que o nosso. Claro que não é, mas teve alguém para fazer a cabeça do "Zé Povinho" a comprar. Isso não vai acontecer naturalmente. Soa até muito óbvio falar isso: a indústria precisa de dinheiro.Os independentes de lá conseguem funcionar como nicho em um mercado gigantesco. Os nossos independentes precisam de uma indústria que dê suporte. É como no cinema. Por anos, quem pagou as contas dos filmes do Woody Allen foram os filmes do Steven Spielberg.

    • Essa industria mainstream que você menciona, nunca poderá existir com o nível atual de suporte que temos dos nossos próprios consumidores locais. Eu concordo com você que lá nos EUA também tem troll, mas eles trollam com muito mais classe. Fora os comentários de consumidores casuais e perdidos como você vê no youtube, quem comenta diretamente em sites especializados la nos EUA leva o assunto a sério. Até mesmo os trolls.

      Você cita o caso do Phil Fish, mas veja, um troll entendido e com embasamento, não apenas falando "NOSSA QUE MERDA HUEHUEHUE" mas tentando elaborar o porque ele acha uma merda, e citando exemplos, acaba por elevar o nivel da discussao e até trazer uma certa publicidade para qualquer produto.

      Se alguém está pensando em investir em algo, saber se estão falando bem ou mal provavelmente vai ser a segunda coisa que esse investidor vá atrás, o que mais importa atualmente é se estão falando sobre aquilo, se o produto está gerando uma discussão.

      Qualquer investidor sério, ao analisar o debate em alto nível atual sobre jogos eletronicos no Brasil, vai acabar se deparando com um público extramamente sem conhecimento e infantilizado, e tendo como capa pessoas que (como o Neozão publicou em seu comentário) lutam para colocar Wordarts com os dizeres "GAME TAMBÉM É CULTURA" em capas de jogos.

      Então é por isso que eu digo, claro que temos essas mesmas replicações no exterior, mas TUDO unido e piorado aqui no Brasil desestrutura as possibilidades que poderiamos ter de crescer e criar algo mais emergente por aqui. Nossa salvação, por hora, é continuar apoiando os fantásticos desenvolvedores e artistas independentes que temos no cenário internacional, e educar o resto do povo a fazer o mesmo.

      • Prezado Hynx, entendo o que você quer dizer sobre a parte comportamental do problema, mas concordo com o lebygue: o aspecto econômico é o que de fato limita o nosso mercado.

        Por exemplo: Nunca vi ninguém criticando games "casuais" (jogados em celular ou via web) só por terem sido concebidos por brasileiros. São linguagens mais simples, cujo resultado dependem menos do poderio financeiro do desenvolvedor e mais de sua criatividade/habilidade. Agora, quando analisamos tentativas brasileiras em produções mais sofisticadas fica difícil fazer frente aos jogos vindos dos EUA, da Europa ou do Japão.

        Fazer chacota pura e simplesmente não ajuda, mas é difícil contestar a base do raciocínio dos trolls: jogos brasileiros não-casuais em geral são ruins. Ponto. Isso não é apenas má vontade, mas uma constatação. Como, por exemplo, a indústria do cinema brasileiro também viveu um longo período de trevas (e ninguém é acusado de vira-latice por afirmar isso).

        Aproveito o ensejo do cinema, aliás, para dizer que justamente por conta da limitação financeira, os filmes brasileiros só conquistaram algum avanço na última década porque foram amparados por empresas como Fox e Miramax, que viram uma boa oportunidade de negócio no mercado local. E como viram isso? Porque o Brasil é e sempre foi um país que consome muito cinema, seja em salas de exibição, na TV, em locadoras, etc.

        No caso dos videogames, infelizmente, esse tempo ainda não chegou. Falta gente mais qualificada nos escritórios locais das grandes empresas e nosso mercado vive em compasso de espera. Ainda vemos "lançamentos" de consoles com uma geração de atraso e custando 2-3 salários mínimos. É um negócio natimorto, cujo fracasso alguém com noções básicas de economia e administração consegue prever sem dificuldade.

        Enquanto os videogames no Brasil não forem alçados à categoria de entretenimento popular, consumido por parcela significativa da população, os desenvolvedores locais continuarão sem financiamento e, por consequência, sem espaço para demonstrar sua arte. Independentemente dos trolls.

        PS: Nos EUA a indústria dos games já fatura mais que a do cinema há alguns anos. Não conheço os números do Brasil, mas não é difícil imaginar que o mercado de games deve ser várias vezes inferior a outros segmentos de entretenimento.

  • Ótimo texto Hynx, infelizmente acho que o comportamento dos brasileiros não vai mudar tão cedo, visto que isso parece estar enraizado em nossa cultura.

    • Obrigado amigo, e temos que tentar! Vamos na fé, lol!

  • Ótimo texto. Como já disseram, isso não vai mudar, faz parte da nossa cultura. Infelizmente vamos continuar sendo vistos como uma mancha negra, continuaremos sendo excluídos de jogos e continuaremos sofrendo preconceito, mesmo que a maioria não haja dessa forma irresponsável (acredito eu que não seja a maioria). Quanto ao feedback, reconheço que muitas vezes leio um texto ótimo e tenho preguiça de comentar, agora vou postar nem que seja uma carinha.

    • Ah, e esse é o único site brasileiro de games que acompanho, não pq os outros são ruins, mas sim pq é o único em que a discussão sempre se mantém saudável. Os brasileiros reclamam demais, são muito infantis, principalmente em sites, o nível dos comentários geralmente ultrapassa a barreira do aceitável. Sei que não somos os únicos assim, existem "hues" no mundo todo, mas a nossa mania de botar defeito em tudo (sim, é inveja) tem que parar.

  • Chaccall

    Talvez por não frequentar MMOs ou Multiplayers conhecidos eu felizmente ainda não presenciei nenhum "HUEHUEHUE GIBE MONI PLOX" , então pra mim é realmente uma triste novidade.Mas você tocou em um ponto do qual discordo mas ao mesmo tempo concordo.Confuso?Explico:eu sou um dos que levanta a bandeira do "não levar á sério" os jogos eletrônicos.Simplesmente por que eu os encaro como diversão e entretenimento.Quem está do lado de cá (jogador) e o leva á sério vive sob o risco de ,ao invés de se divertir , se aborrecer;ao invés de se entreter ,dedicar mais tempo do que o normal.Temos visto internet afora discussões acaloradas que fogem da simples divergência de opinião , indo pra ofensas verbais simplesmente porque o outro lado não concorda.Á reboque vem o preconceito (em todas as suas formas) e a intolerância , tudo porque um sujeito leva muito á sério um jogo.quem deve levar á sério é quem vive dos jogos e não quem joga.Acho que o foco – aí entra o ponto onde concordo com você – deveria ser a palavra RESPEITO.Onde há respeito , há harmonia, trabalho em conjunto , regras sendo seguidas. É isso que falta ao brasileiro de uma maneira geral, na internet.Tenho hábito de comentar nos mais diversos sites e blogs e tenho constatado exatamente isso, uma irresponsabilidade e um desrespeito inacreditável por parte de quem comenta.Lamentável.
    Se pensarmos bem ,o desrespeito norteia a maioria das suas considerações , o que nos leva á pensar se é algo profundamente arraigado na nossa cultura ou um fenômeno que vêm se agravando , principalmente na internet , onde o anonimato protege.
    Por fim, também não aceito, sob nenhum argumento, jogo brasileiro sem ao menos tradução em português.

    • Primeiramente gostaria de realmente onde usei de desrespeito para nortear as considerações acima, e peço desculpas adiantadamente se passei essa impressão.

      Seguindo em frente, realmente vejo que você se contradiz um pouco… você acha que jogos são apenas entretenimento e diversão, entretanto tomou seu tempo para debater sobre o assunto na internet. Não que esteja lhe criticando por isso, na verdade até lhe aplaudo, e embora não concorde com sua opinião no geral se todos os Brasileiros que eu discordasse fossem como você estariamos em lugar melhor.

      Como você disse, respeito é o ponto chave, algo que falta aqui dentro com nossos próprios desenvolvedores, que são renomados em muitos outros países. Se eles não tem tanto prestígio aqui dentro por que deveriam gastar recursos e tempos (preciosíssimos para um desenvolvedor independente) para traduzir o game para a lingua de um país que não os aprecia? É uma enorme perda de tempo, na situação atual.

      • Chaccall

        Obrigado pela resposta e me desculpe ,na verdade eu é que não soube me expressar; Quando eu disse que "o desrespeito norteia a maioria das suas considerações", eu quis dizer " o desrespeito praticado por terceiros explica a maioria das suas considerações".Como?Explico:
        – Você tá levando isso muito a sério! = Falta de respeito por quem leva os jogos á sério.
        – Invejinha virtual = Falta de respeito pelo trabalho dos desenvolvedores indies.
        – Falta de Feedback = não é uma falta de respeito mas é um descaso contra quem dá o melhor de si por um trabalho que na maioria das vêzes nem é remunerado.
        Enfim, não me fiz entender corretamente e não quis dizer que houve desrespeito de sua parte, pelo contrário.Há sim , um enorme onda de desrespeito e intolerância pela internet afora.O respeito mútuo deve ser o norte de qualquer ser , para que possamos viver em harmonia no mundo real e virtual. Eu não acho que seja uma utopia,não pra maioria.

  • Esse post falou tudo! Mas infelizmente, quantas pessoas só não pensaram "Ah, TLDR, vou pro 9Gag" ou sei lá. Como foi dito pelo @andremonsev, as pessoas, no geral e principalmente aqui no Brasil não se importam muito em pensar ou expressar a opinião. Cada uma por seus motivos, até.
    O problema, eu acho, vai muito além dos Games e vem de muito antes, mesmo! Tipo, depois que eu li o artigo aqui e formulava meu pensamento, abri o nytimes.com e o g1.com.br, afinal são referências para notícias cada um para seu respectivo país.

    Pra minha surpresa, quando abri o NYT, tinha texto e mais texto e uma página repleta de textos, ou seja: "Quer notícia, então toma! Bastante notícia!" e aí olhando pro G1… fontes grandes, publicidade, umas 3 ou 4 notícias em vista. Pior ainda quando se clica na matéria principal e se nota que enquanto o NYT tem DUAS PÁGINAS de puro Texto, o artigo principal do G1 tem um artigo razoável.

    Eu fiz essa reflexão, primeiro, porque se de acordo com a grande maioria, Games "é só entretenimento" e "HUE HUE HUE GIBBE MONY PLOX", acho que quando povo vê o Jornal Nacional deve levar a sério. E aí se nota que nem quando se leva a coisa a sério, não se repara um esforço épico ou algo que te faça pensar "nossa, isso é sério mesmo!" a não ser em cantinhos e em desabafos como esse aqui. Isso é simplesmente triste.

    Eu tentei, e ainda quero continuar tentando, tocar um blog onde falo de coisas de games também, não por ser famoso, mas eu passo a maior parte do dia conversando sobre games com amigos, achei que seria legal ter um lugar onde desse pra "centralizar" toda a discussão que fica no histórico do Skype ou na timeline do "Feice" (e, de boa, detesto redes sociais.. mas né.. todo mundo tá lá e se tu não tá, não existe… mas aí é outra coisa!) e mesmo entre amigos, que levam games a sério e entram em discussões ferrenhas e as vezes surgem idéias que faturariam milhões de dólares, mal apareceram comentários no Facebook. De boa, desanimei, mas não desisti ainda!

    Juntando minhas próprias experiências, com o que se vê na internet e lendo isso aqui, a conclusão que eu chego (generalizando, claro), é que além de Brasileiros dificilmente levarem as coisas a sério MESMO e aqueles que querem fazer alguma coisa, mesmo que de cantinho, normalmente vão pra cultura do "deixa pra lá" mesmo, isso quando não vem o povo descontraído cair em cima e flamear a coisa dizendo "pra que levar a sério? Relaxa e goza!".

    É como se não se desse determinado valor e se botasse paixão naquilo que gosta… geralmente povo não sabe dar devido valor às coisas e trata tudo de maneira muito impessoal e informal.
    E aí, como ser levado a sério quando em frente à outras culturas?

    • Sim, e como vc pode ver no comentario resposta que deu no outro post, até pessoas que trabalham com isso acham que os consumidores nao deveriam levar a sério. É triste e é um longo caminho, mas vamos acreditando que um dia isso muda. Abraços.

  • Depois de ler esse texto, me senti obrigado comentar, não pelo lance do feedback, mas porque ele conseguiu me alertar sobre algo muito preocupante. Quando o autor fala do "Paradigma da Geração dos Trolls" permite-se fazer uma reflexão muito séria sobre o quanto que somos uma geração contraditória. Os mesmos que criticam iniciativas nobres por parte dos produtores independentes são os mesmos que reclamam da falta de atenção das grandes empresas de jogos. A internet fabrica a cada momento toneladas de trolls que buscam fama e atenção com críticas destrutivas e que nada acrescentam. O resultado estamos começando a ver hoje: muitas idéias acabam morrendo sem ter o conhecimento do público e das pessoas que merecem.

    Sobre o assunto do texto em si, acredito que não poderei contribuir muito, mas deixo os meus parabéns ao autor. Porém, como comunicador que sou não consigo deixar de me preocupar com o que estamos passando na internet hoje. Por isso estou aqui fazendo minha parte e incentivando quem faz por merecer. É a primeira vez que comento nesse site (sou visitante assíduo). Então aproveito para agradecer a todos os envolvidos no site.

    Agora vamo que vamo porque "the zueira never ends" (risos).

    • Só por dar valor a quem acredita que merece já está contribuindo amigo. Um abraço.

  • Caro amigo Hynx. Tudo o que você descreveu tem um nome. Chama-se Síndrome do Vira Lata, e brasileiro tem isso de sobra, infelizmente.
    E essa mentalidade não é só pra games não. É pra TUDO, TUDO E MAIS UM POUCO.

    Eu acho vergonhoso e extremamente contraproducente. E não faço a menor idéia de como mudar tal quadro. Como mudar o brasileiro que não acredita e si mesmo e em seus compatriotas? Por que essa pessoa insiste em dizer que tudo o que é brasileiro não presta?
    Não sei. Só sei que é triste.

    • Acho que mudar em todos os sentidos é um pouco de utopia. O que podemos fazer é mostrar pra pessoa que consome e tem amor pelo produto que, levando a sério aquilo que gosta e procurando entender e respeitar o trabalho dos outros, ele estará contribuindo para que tal coisa melhore. Mas mesmo em apenas uma área ou outra, isso é coisa pra anos de trabalho, de muita gente.

  • Síndrome do Vira-lata, como já mencionado aqui. Realmente um problema cultural e reflexo do nosso estupendo nível de escolaridade. Infelizmente a molecada é idiota demais na internet e isso acaba queimando o filme do país inteiro lá fora.

  • dipereira0123

    JOGO É COISA SÉRIA SIM!!! PARA DESENVOLVEDORES E INVESTIDORES, para o jogador ele tem que ser lúdico (divertido) se a(s) pessoas(s) começam a levar o jogo a sério de + ele pode se tornar frustante, o que o brasileiro faz é sacanear o jogo para se divertir, (infelizmente trollando os outros HUEHUE), e por favor, vamos ser sérios nesses quesitos, são poucos que vão um dia ganhar dinheiro JOGANDO o resto vai ter qu trabalhar, esse povo gringo que simplesmente não tem oque fazer ( e talvez pouco sabe fazer) acaba se envolvendo demais e prejudicando a si mesmo.
    (pode ser uma analogia besta, mas é a mesma coisa que crianças que ficam falando merda por não ganharam um iphone dos pais que mal tem dinheiro pra pagar as contas da casa)
    Não levem a mal esse meu comentário, mas levem a sério o meu feedback (afinal estou para me formar em jogos digitais) a opinião no artigo foi muito superficial, o jogo precisa ser ludico, e de certa forma fazer uma descoberta para burlar, sacanear, ou simplesmente jogar por ser divertido para a pessoa porque isso foge da realidade massante que temos no dia a dia, então ja que não podemos matar no mundo real, matamos no jogo mesmo (BR TROLLS HUEHUEHUE)

    "some men, just want to watch the world burn"

    • Cara, vai me desculpar, mas teu comentário de muitas formas vai contra o que é tentado resgatar nesse post mesmo. Não quero dizer que é especificamente teu caso, até pq vc fez questão de vir aqui e dar sua opinião e, se entendi bem, dar justificativa ao outro lado da moeda. Vou fazer de tudo para que meu comentário abaixo seja o mais impessoal possível!! (Já aviso que quando falar na segunda pessoa é mais pra dar um exemplo do que me dirigir diretamente a ti! ^^)

      Beleza, de fato jogos tem que ser lúdicos, fazem parte da indústria do entretenimento? Definitivamente! Mas o que me deu a impressão no que eu li, ali é que realmente Brasileiros se esquecem que "A própria liberdade termina onde começa a do próximo". Tipo, de boa, putaquepariu! BR em qualquer comunidade virtual colocando mascarinha de troll e falando o que quer sem pensar duas vezes e muito menos sem pensar como isso vai afetar ou ser visto por quem compartilha da mesma comunidade. Pior ainda quando é em jogos onde tu tá estragando o entretenimento dos outros burlando, sacaneando e zoando com a "realidade alternativa" do próximo pq "não dá pra matar no mundo real".

      Aliás, essa história de "não dá pra matar no mundo real" carrega muito um lance de frustração… tipo, tu jogaria Fifa, literalmente, pq tu não ganha milhões como um jogador profissional? Sei lá, pra mim, não justifica. Eu curto jogos de outra maneira, e apesar de tratar o assunto com seriedade, não significa que eu sou louco dos games que joga boladão e tem que completar tudo 100% e mataria alguém pq tiraram o controle da minha mão.
      Ficaria bravo pela falta de respeito de arrancar algo da minha mão, mas quanto ao game, é só continuar da onde parei, saca?

      Faz uma analogia, digamos que tu não goste de Crepúsculo e ganhe uma entrada (pessoal e intransferível) na estréia do filme por causa de uma promoção. Tu iria assistir o filme e ficaria estragando a experiência de quem curte o lance"só pra zoar" pra "fugir da realidade do dia a dia" já que tem a oportunidade ou faria algo diferente?

      Agora, vai ver quantos "BR BR HUE HUE" tem por ae se inscrevendo pra Closed/Open Beta de jogos que não fazem idéia de como funcionam "só pra zoar" ou outros exemplos.

      De boa cara, esse lance de descarregar a frustração em jogos é igual em qualquer entretenimento no Brasil… tudo que Brasileiro considera entretenimento, "é pra descarregar a frustração". Tá loko, que vida mais triste todo brasileiro vive pra ter que descarregar frustração nas coisas ao invés de simplesmente se divertir e interagir com outras pessoas sem "Passar elas pra trás"?

      • dipereira0123

        Cara, tenha em mente, que a Internet, por incrível que pareça, a Internet é uma extensão do mundo real, mesmo os jogos tentar alterar em alguns aspectos a realidade que conhecemos, gravidade, combate, física, filosofia etc…

        Utilizando o próprio exemplo que vc me passou sobre a sessão de cinema, se eu fizer isso provavelmente serei expulso e proibido de voltar, ( não é isso que acontece em um servidor de jogo? Kick e ban?)
        Concordo com vc, não é legal quando vem alguém e tira alguma coisa da sua mao seja na vida real ou virtual, mas como na vida real, vc segue em frente.

        Sejamos realistas, vc certamente conhece gente que se dedica nos games, que formam equipes organizadas para vencer disputas (igual os times de futebol da escola?) E tambem os huehue que se divertem arranjando encrenca, que nem os pit-boys, hoolingans (e por que nao os bully da epoca da escola? Que não são exclusividade do brasil, eles apenas estão fora do mundo virtual.) Se vc olhar be, vai ver que é tudo um espelho do ja é encontrado na vida real, apenas com mais… liberdade e menos consequência.

    • Amigo, se você está se formando em jogos digitais quem sabe vai provar no futuro um pouco do efeito que acredita ser o correto. Jogos são uma forma de entretenimento e escape da realidade, óbviamente. O que espero das pessoas não é que elas dediquem sua vida ou tempo livre em prol dessa parte séria dos games, mas sim que se crie um conhecimento e discernimento em cima desse tema que lhes atraem. Que essas pessoas entendam o trabalho que é fazer um jogo, as limitações envolvidas no processo, que saibam aplaudir o desenvolvedor local, e como dito no texto criticar construtivamente, apoiar, fazer o nível da discussão crescer dentro do nosso país.

      Respeito sua opinião e agradeço pela mesma, mas superficialidade é achar que é só fazer o jogo, esperar que as pessoas (principalmente aqui do Brasil) achem seu jogo divertido e fim de papo. Não é bem assim, eu te garanto.

      • dipereira0123

        Cara o problema é que eles estão criticando, afinal, (seguindo o exemplo citado no artigo) um jogo criado por brasileiros que não possui versão pt-br? Ok, da trabalho fazer mais de uma tradução, mas como ele espera apoio dos conterrâneos sendo que ele ignora os mesmos (se ainda tem gente analfabeta, e pouquissimos que sabem o português direito, não da nem pra considerar a qtd que sabe falar inglês)
        E por mais mal educado que tenha sido, é um feedback não é?

        Fica evidente que o desenvolvedor criou um jogo voltado para o mercado externo, até pq o modelo brasileiro nao tem o habito da compra de jogos bem elaborados sobra do apenas um pequeno nicho para o mobile

        E talvez o fato de ter pouco feedback seja culpa do complexo de inferioridade do brasileiro, que nao critica se nao puder fazer melhor, enquanto os que criticam possuem uma personalidade bem exigente ja que tem que se destacar do comportamento habitual

  • Ótimo texto. Sempre que posso, comento aqui. hehehe

    Vejo que essa atitude brasileira toda vem pela imaturidade dessa massa "gamer", tão entituladamente "superior", segundo os próprios, em comparação a qualquer outra turma. Nos meus tempos de Tibia, lá em 2004, eu só queria jogar numa boa e explorar o mapa, enquanto que a massa só queria a zoeira, ficar de PK e monopolizando os lugares onde o cara pode ter uma boa XP. Não é só brasileiro que é assim, mas aqui parece que a situação é muito mais grave. Somos uma população subdesenvolvida nessa área e toda essa galera que comenta está na faixa dos 12 aos 22 (NO MÁXIMO, eu espero). São crianças, adolescentes e jovens adultos sem um pingo de consciência e reflexão na cabeça, bastando ver os avatares dos bonitos para perceber as influências e a qual grupo pertencem. Só saem cuspindo palavras sem parar e pensar antes. Será que um jogo que é enviado para um concurso INTERNACIONAL tem tempo para ser feito toda essa implementação de áudio PT-BR? E quanto isso custaria para os produtores? Será que eles, nessa primeira leva, poderiam pagar por isso sem ficarem com as calças na mão? É óbvio que não dá pra levar essa galera a sério.

    Gostei muito do texto de vocês e acho ÓTIMO essa de dar uma dura na galera. Espero muito que a Game Vício copie esse texto de vocês e passe adiante, pois é um exemplo que deve ser seguido. Sem bronca, acho que a galera nunca vai parar de repetir esse comportamento.

    Será que se ao invés de xingar alguém de "filho da puta noob lixo" numa partida de DotA, não é melhor dizer onde o cara errou e o que ele deve tomar cuidado e não fazer mais? Ou dar uma luz dizendo o que seria melhor pra situação? O pessoal parece que se morde e não gosta de elogiar ou de dar/aceitar dicas dos outros. Se sentem diminuídos.

    Enfim, parabéns. Vocês são FODAS!

  • Amigo, gostaria de mencionar algumas coisas:

    1. Meu paladino era 87 man 🙁
    2. Vc tem total razão com suas críticas à cultura da zuera e do menosprezo pelo trabalho dos produtores indies brasileiros, vc com o seu canal mostra com frequência semanal o trabalho desses caras, e são trabalhos de qualidade, que poderia ser motivo de orgulho, mas no final das contas, no país onde nada é sério e nada é levado a sério, o próprio brasileiro pouco consome destes produtos.
    3. Com relação à lógica dos pouco instruídos caírem na mão dos aproveitadores e usurpadores, alías, lógica que testemunhamos em várias outras indústrias, como a indústria da mídia (rede globo que manipula a opnião da massa, e é por isso que hj dar a bunda é legal, e ser polícial é ser um criminoso) ou a indústria da fé (igreja universal do reino de deus? renascer?), também aconteceu com a indústria local de games.
    Você me conhece a tempos e sabe que eu vivo nesse pré-steampunk metafórico, sou um cara que tem muita vontade, mas desconhece as ferramentas para começar e manter o sonho de trabalhar com games. Cito o fato de que certa vez contactei a tal ACIGAMES perguntando se eles possuiam material instrutivo para guiar empreendedores no setor, coisas como, plano de negócios, pesquisa de mercado, informações sobre como alavancar um negócio próprio, a lei rouanet de incentivo à cultura ( que tem aberto portas para produtores de games ), etc. Eles nem responderam! Não tem sequer uma secretária pra checar email e responder. E eu duvido que eu tenha sido a primeira pessoa a ter procurado eles por esse tipo de informação. Se eles não estão produzindo esse tipo de material, então o que eles estão fazendo? É ridículo.

    Enfim por último, queria te parabenizar por esse trabalho que vc tem desenvolvido aqui e no seu canal, e te desejar muito sucesso going forward. Abs amig!

    • Se te deixa um pouco mais aliviado, duvido que eles teriam te fornecido algum material mesmo se você tivesse os contactado ao vivo. É triste mas eles não leval jogos a sério, eles na verdade menosprezam a coisa toda achando que é facil erguer a parada com qualquer açãozinha sem sentido que criam.

    • Desculpe se isso aconteceu foi a muito tempo atrás, temos sim secretaria que responde a todas as questões o e-mail da associação é: secretaria@acigames.com.br e o telefone aqui é 011-3222-0125 e Hynx achei o artigo bem forte e acho que aqui a coisa foi longe demais, depois conversamos pessoalmente Ok. Abraços

  • renanonine8

    Ótimo texto! Realmente o brasileiro tem uma estranha mania de se autosabotar. Isso em todas as áreas. Ainda temos preconceito com nossos próprios produtos, nossa população e nossa cultura. Frases imagina na copa, jogo brasileiro deve ser uma bosta, todos os filmes brasileiros parecem novelas e entre outras é o que mais ouçp no dia-a-dia. Quando será que pararemos de nos automenospresar (quantos autos) e partiremos para a ação?

  • Acho que deve ser a primeira que eu comento aqui, porém independente disso, você está de parabéns por abordar formidavelmente esse tema 'polêmico'. Cara, eu não chego a jogar todos os mais reconhecidos jogos brasileiros, mas eu sempre os compro no steam/desura para dar um certo apoio de alguma forma, pois eles acabam, de alguma forma, de gêneros que não me agradam, mas isso não quer dizer que são ruins, muito pelo contrário, são excelentes jogos, tais como o Oniken e o Dungeonland que tem artes fodásticas, jogabilidade "DAORA", 'n' coisas legais.
    O foda de sites CTRL+V é que o pessoal está mais interessado em (piratear) algo A³, algo de tal empresa X, ou indies estrangeiros que receberam certo destaque. Bem, não vou descordar que também interesso- me por alguns desses/muitos jogos, mas o simples apoio, ou até me experienciar um jogo desenvolvido aqui, parece ser aquele sacrifício enorme. E em relação a isso, eu acho que acaba vindo da formação cultural da maioria dos indivíduos daqui (e às vezes até da formação educacional), que segue uma onda pré-definida, e acaba não tem uma opinião consolidada, e sim uma opinião de massa moldada pelos trolls, pois acabam infectados.
    <3 Gamesfoda

  • parabéns pelo texto. vou compartilhar.

  • Vou comentar somente alguns pontos.

    Sobre os eventos que estão morrendo não vejo que a culpa é da comunidade gamer. Para mim a culpa é de quem faz o evento, que não entende que os gamers aqui do Brasil são diferente do resto do mundo (cada gamer de um país é diferente do outro). Vejo que a indústria gamer brasileira é muito preguiçosa, até pouco tempo atrás simplesmente trazia a cultura, jogos, eventos de fora e lançava no Brasil, não adaptava ou criava para os brasileiro. Fazendo isso é fracasso na certa. Dou com exemplo a localização dos jogos, que sempre houve, mas apenas nos últimos 2 anos ganhou força. Você não sabe como é bom abrir um jogo na live, do steam, e encontrar todo em português, e olha que eu falo um pouco de inglês, mas para meu filho é muito bom encontrar em português, facilita. Então um evento, um jogo, qualquer coisa que seja para o mercado brasileiro tem que se adaptar para a cultura brasileira. Hoje em dia sou até mais radical, não está em português? Então este jogo não tem foco no mercado brasileiro, pode até ter gente comprando, mas não foi feito ou pensado para ser vendido aqui.

    Também não acho que todo jogo feito por brasileiros tem que ser vendido aqui, mas não venha chorar que o jogo não fez sucesso no Brasil se nem em português você conseguiu colocar.

    Outra opinião é sobre o caso da ACIGAMES, onde você desmerece o trabalho, chamando até de oportunista. Pior que do jeito que você fala é o jeito que você está sendo contra no texto! Não explica por que acha que a pessoa é oportunista e o pior não fala o nome e coloca a foto. A ACIGAMES fez e faz muita besteira, seja falando mal do steam ou fazendo um trabalho de wordart, seja apoiando aquele concurso sem pé nem cabeça do SEBRAE. Mas também faz muita coisa boa, como se infiltrar no governo, conversar com gente graúda, conseguir parceria com instituições internacionais. Talvez o presidente não conheça tão a fundo o mercado de desenvolvedores de jogos no Brasil, mas ora poxa, o mercado brasileiro não é somente de desenvolvedores de jogos, tem os produtores, tem as lojas, tem os jogadores, jornalistas. O desenvolvedor é apenas uma parte, nem maior, nem menor é apenas mais uma peça da engrenagem. Enquanto a INDÚSTRIA de gamers entender o que significa ser uma indústria (onde todos estão juntos, do cara que faz ao que vende e o que joga), ai sim poderemos crescer. Infelizmente vejo que muitos Indies no Brasil só pensam neles, não conseguem visualizar o conjunto todo. E olha que eu também me considero desenvolvedor Indie. Veja, se a pessoa que lidera a ACIGAMES não tem conhecimento do mercado de jogos no Brasil já conseguiu isso tudo, imagina se alguém que conhece o mercado liderasse? Por que não foi uma pessoa que conhece o mercado que está liderando?

    Você usa a frase "de grande parte dos jogadores verde e amarelos", mas no meu ponto de vista você está totalmente equivocado. Acho que é só a menor parte dos jogadores verde a amarelos que age desse jeito, a maior parte só quer jogar e não perde tempo em foruns, blogs, etc. Mas mesmo assim minha opinião não tem base estatistifica nenhuma, primeiro nós teríamos que saber quantos são os jogadores, depois contar quantos falam besteira em blog, ai sim poderíamos apontar que "a grande parte" é troll. O problema que essa pequena parcela é bem barulhenta e sabe fazer um barulho danado, por isso chama a atenção.

    Você também se preocupa que ao tentar vender o site/jogo/ideia/arte os investidores possam se decidir ao contrário somente pelos comentários horríveis dos trolls. Mas me desculpe, se o problema de vender site/jogo/ideia/arte for esse ou você tem um péssimo produto ou você tá vendendo para a pessoa errada. Alguém que está disposto a investir sabe quais opiniões são relevantes. Esses dos trolls são irrelevantes na hora de conseguir o investimento, desde que você tenha bons comentários de quem realmente interesse.

    Abraços.

  • Eu mesmo

    Parabéns pelo ótimo artigo e puxão de orelha… estou acompanhando o site desde o primeiro mês e até hoje comentei uma ou duas vezes… e leio mais de 80 % das matérias postadas… vou começar a dar mais postagens críticas aqui e espero que vocês continuem com o excelente trabalho que vêm mostrando. Desconheço outro site que trata de video games com tamanha seriedade, descontração e compromisso com a "verdade" acerca do jogo, sem pesar sua opinião no quanto a empresa X ou Y lhes fornece de suborno. (o termo "verdade" está entre aspas porque no geral são opiniões. Está certo que a maioria pensante concorda em gênero número e grau, mas ainda é opinião…)

  • f.gunz

    muito bom o post! (mita gente virá comentar por estar com a consciência pesada) sempre acompanhei o blog, mas como vocês falaram, nunca tive a minima vontade de comentar, porém sempre divulguei e comentei com meus amigos. Se você comenta com os seus amigos, por que não comentar com o próprio criador da matéria?

    sucesso aí e continue falando o que pensa!

  • Desculpa.. mas os caras da game vicios estão certo, quanto a parte de legendas, afinal se vc é faz quadrinho nacional vc não publica o texto em inglês._Desenvolvedores Brasileiros tem a obrigação de colocar o texto em PT_BR como padrão, agora se querem pegar um mercado maior que tenha um reconhecimento, adicione outro idioma como uma opção._Não sou a favor da Games Vicios e sua politica de copia e cola, mas as criticas são validas no quesito idioma._

    • Também acho que tem que ter em PT-BR as coisas. Mas as vezes do ponto de vista da equipe do desenvolvimento é só frustrante lançar o jogo no Brasil e não receber feedbacks que realmente sejam válidos. Isso se realmente existe uma divulgação e incentivo da própria comunidade gamer Brasileira.
      Se a gente não esquenta o mercado e não incentiva e os caras vão lançar pros gringos mesmo… não é justificável nem do ponto de vista financeiro fazer o negócio bilingue.
      Acho injusto, mas é só a opção que alguns caras seguem pra fazer a idéia decolar, infelizmente.

      • Entendo seu ponto de vista, mas se esse for o pensamento dos desenvolvedores, só tem que se f**** mesmo, se as criticas fossem empecilho, hoje o cenario de fantasia na literatura BR não estaria crescendo como esta …o que parece é que os desenvolvedores querem que o Jogador BR passe o feedback positivo, mas não sabem trabalhar com as criticas.
        Falta uma postura para apresentar o jogo seja liberando o demo através de redes sociais, trazendo o jogo para os principais portais de games e solicitando reviews para seus futuros compradores.
        Logico que não temos o costume criar jogos afinal estamos saindo das fraldas, mas as coisas mudam a dificuldade está nos ouvidos de está escutando.
        Rsrsr, porque o "SSJ4" fica puto, falta review de confiança ( no site que ele frequenta) e a lingua pode ser um empecilho para compreenção da proposta do game.
        Como ele pode confiar em um produto que se diz nacional que nem fala sua lingua ?

  • Bom texto. Realmente a situação da valorização do conteúdo independente no Brasil chega a ser tosca, e não é só no quesito games, podemos ver essas coisas em artes, programas de televisão, músicas, vídeos, qualquer coisa… o que ganha popularidade aqui é um tosco mal feito que você pode rir da cara dele por isso, não desmerecendo tal reconhecimento, mas chega a ser no mínimo… intrigante?

  • Acho legal o Hynx trazer a questão do cara que puxa o saco do chefe, porque isso mostra como problema vai bem além do "mundo dos games". É comum encontrar falta de bom senso, desinteresse, jeitinho, falta de senso crítico, de disposição para o diálogo, em qualquer área, especialmente no trabalho. Aqui no Brasil quem quer fazer direito acaba se passando por pateta, tá perdendo tempo, e aí cria-se uma horda de conformados, acomodados. É uma pena..

    Acredito que seriedade tem a ver com a qualidade como a coisa é feita, não importa o que. Jogar um game com seriedade é tirar dele o maior proveito possível no sentido da diversão, não significa se alienar naquilo, mas sim fazer aquilo bem feito, com qualidade. Mass Effect é um bom exemplo, se o cara não tem a seriedade de se dedicar a ler o codex perde boa parte daquilo que faz o universo tão rico e o jogo tão divertido.

    Garimpei a internet brasileira atrás de uma galera consciente e disposta a conversar de forma bacana. Acho que existem nichos de inteligência e isso é animador. Manter esse pessoal ativo em comunidade é uma forma de valorizar e fazer crescer essa forma de tratar o assunto .

    Valeu, Gamesfoda! Valeu, Hynx!

  • Excelente texto.

  • Eu quase nunca comento artigos sobre qualquer coisa, pq sempre aparece um querendo trollar mas esse é o "modo brasileiro de ser".
    Eu não acredito no futuro da nação, e isso falando em games e outros assuntos (politica e religiao), ate pq de 10 pessoas, 2~3 querem mudar a situação, dessas 2~3, 1~2 tem medo de fazer algo, e o resto das 7~8 não querem correr o risco de perder o "poder".

  • "Sério, até aqui no site, onde a galera é mais esclarecida e tá dando uma força sempre que pode, às vezes não recebemos tanto quanto poderíamos para continuar progredindo."
    Cm isso, essa postagem quebrou o recorde de comentários: chegou até a criar uma "segunda página" de comentário,s coisa que eu nunca vi!

    Mas é aquela história de sempre: eu concordo e assino embaixo! A primeira vez que dei um apoio mais direto a um game indie BRBR foi o do Tormenta: Desafio dos Deuses e, nossa! Eu senti tá ajudando, dando aquela força e fiquei mó feliz pelo projeto ter atingido a meta (e até superado) no kickstarter.
    Não fiquei feliz apenas de ter ganho uma cópia de um jogo, mas por ter incentivado e ter ajudado algo que o povo daqui sabe que é ralado fazer: um jogo independente brasileiro.

    Tem horas e horas pra zoar algo, mas acho que precisamos delimitar melhor quando precisamos ser sérios, inclusive na hora de criticar uma produção brasileira.

    E se nego reclama tanto, eu solto o desafio: Se os HUEHUE acham que fazer uma "porcaria", como eles dizem, então por que VOCÊS não fazem melhor, se acham que tá fácil assim?

    Quanto ao feedback: fico no meio do muro: ter um feedback é sempre bom, sejam elogios ou críticas, mas quando algo é popular DEMAIS, as chances de se terem um feedback horrível aumenta também (só pegar os comentários de algum youtuber brasileiro e ver quantos trolls se aglomeram lá).

    O GAMESFODA sempre manteve um conjunto de leitores FODAS e tem uns que me ajudam a refletir AINDA MAIS l fala. Se o site ficar mais chamativo (o que seria muito bom, em certos aspectos), também aumentaria o número de trolls, gente xingando pra lá e pra cá e…ficaria uma situação chata.

    No mais, mais um texto excelente! A palavra FODA será repassada! E não se preocupem, brothers INDIES, sempre que der na telha, daremos AQUELA FORÇA, com direito a CHURRAS de comemoração se der tudo certo!

    Primeiro, serious business, depois a zoeira.

    Obs.: Engraçado que o artigo-piloto tenha sido algo tão sério para começar um site que busca falar da zueira no tempo certo.

  • Me perdoem por não estar respondendo todos os comentários aqui, mas estamos com… PROBLEMAS por causa desse texto. Abraços.

    • Tira a foto que surgiu do nada e tudo se resolve, afinal, quem tem dinheiro investe em foder com os outros, não ajuda quem precisa.

  • Lionheart

    Acho que o amigo Hynx está tendo uma visão MUITO pessimista do público brasileiro. O que é pior… está pegando uma minoria que, através do alarde, se torna mais perceptível e generalizando sua condição para todo o resto.

    Vou tentar comentar cada parte do texto em separado, assim a gente pode se concentrar melhor e não se perder.

    1ª Parte: sobre não levarmos os jogos à sério.

    Eu concordo que grande parte da população não leva os jogos a sério mas, quando me refiro à população me refiro à população mundial. DO ponto de vista econômico, claro que os jogos já são levados à sério nas grandes potências mas, do ponto de vista social… os jogos tem um longo caminho a percorrer até atingir algum estatus e ser reconhecido como "arte". Puxando pela minha memória, o único lugar do mundo onde o respeito pelos jgogos está acima da média é a Coréia do Sul… fora ela…

    2ª Parte: A inveja virtual.

    Outro ponto que tenho que humildemente discoradar de você. Não é porque meia dúzia de mal informados jogam pedras em tudo que é brasileiro que todo o resto será assim. Veja bem, costumo postar em um fórum chamado Outer Space (nem sei se é muito falado por essas bandas) mas, ao menos lá, todos apoiaram o user que tirou a toalha e resolveu colocar seu projeto "A Luz da Escuridão" no Kickstater.

    Há outro ponto também: não podemos ser nacionalistas cegos e adorar qualquer coisa que venha de nós. Um exemplo? A TecToy… durante muito tempo foi uma empresa maravilhosa até nos presentear com o Zeebo. Inicialmente era uma idéia bacana e todo mundo correu para apoiar mas… e aí? O console foi um retrato de como aquela empresa via o seu mercado: um bando de idiotas que supostamente fariam uma caixa com processador de celular um sucesso. O console foi um dos maiores fracassos da história, mudou de público alvo no meio da vida deixando todos que tinham acreditado na idéia inicial a ver navios.

    3ª Parte: Feedback

    Bem, isso me encorajou a vir até aqui e postar minha opinião. Eis aqui meu feedback.

    Concordo com alguns pontos que foram colocados no texto mas, de uma menira geral, acho que o amigo está generalizando a coisa de uma maneira descontrolada. Não sei que MMOs anda jogando nem onde anda lendo comentários relacionados ao cenário nacional de jogos só sei que o público gamer brasileiro está longe de ser isso daí. Uma visita ao Kotaku US ou mesmo ao Neogaf vai confirmar que gente chata e sem noção existe em todo lugar.

    Preferiria não ter que dizer isso, mas já que cheguei até aqui… não seria esse próprio texto um retrato daquilo que critica?

  • Belo texto, que acabei vendo um pouco tarde. Antes que ele suma, um pitaco, direcionados a alguns comentários.

    Alguns parecem não entender a questão da (falta de) tradução em alguns casos. O ponto é que tradução não é de graça (EXTRA, EXTRA: existem pessoas que vivem disso, e elas não vivem de ar!), e desenvolvedores indie mal têm dinheiro para comprar miojo. Daí, no momento que o cara vai escolher o idioma onde ele vai começar a fazer o jogo, qual será a opção dele:
    — o idioma que tem mais falantes na metade do mundo onde ele vive e que tem festivais, premiações e financiamento exclusivo para independentes?
    — o idioma que ele nasceu ouvindo, mas a comunidade não gosta de tirar um puto do bolso, de modo geral só fala sobre o assunto para reclamar ou trollar e cujo grande "representante político" prefere processar críticos a pagar uma secretária para ler e responder e-mails sobre como entrar no mercado?

    É importante considerar o contexto para se entender situações. Criticar jogos por terem visual pixelado e ter apenas um idioma é fácil. Considerar que ele foi feito por duas ou três pessoas, em três anos de noites sem dormir direito e sem baladas não é.

    E o ponto sobre o feedback é importante, até para diminuir a relação entre sinal e ruiído que a galera do huehuehue cria. Porque se a maior parte dos comentários sobre o mercado local é feita por moleques que nem se prestam a experimentar, e preferem jogar um jogo publicado por uma empresa que tem 20000 funcionários só porque tem tradução para o português, o mercado vai definhar mesmo.

  • Meu vocês cometeram um erro grave, acusar o cara desta forma é sim passível de processo e vocês estão ERRADOS, neste caso é simples não é a nem a sua nem a razão do Moacyr e sim a razão do juiz e ele analisa FATOS e aqui está bem claro que vocês estão difamando o cara.
    Ai se vocês não provarem com fatos vocês perdem e perdem feio, é uma pena mesmo esse cenário gamer no Brasil onde o ÚNICO cara que faz algo é ovacionado sem motivo algum.
    Po ele falou uma besteira a 2 anos atrás e vocês ainda crucificam o cara ? Tem mais é que meter processo em vocês para mudar essa palhaçada. Querem mudar o mundo indie, gamer, seja lá o que for, façam que nem ele.

    • "esse cenário gamer no Brasil onde o ÚNICO cara que faz algo é ovacionado sem motivo algum."

      Eu acho que o "algo" que ele fez e "ovacionado" não significam o que você acha que significa, man.

    • Pelo contexto do que você esta falando, eu acredito que você não sabe muito bem o significado da palavra "ovacionado"

    • Pô, olha o clone aí galeres…

    • Sério, Marcos Paulo?
      Não, sério? Mesmo? Sérião? Depois de todas as trapalhadas, depois de todos os deslizes, da desinformação, das ameaças passivo-agressivas, depois de tudo isso usar o Marcos Paulo ainda é o melhor que vocês têm pra fazer?
      Já não basta tudo de ridículo que essa ferramenta já se prestou a fazer vocês continuam usando o Marcos Paulo?
      E não venha me chamar de maludo, de ridículo, ameaçar me processar como vocês bem gostam, o Marcos Paulo é um fake. Tenham vergonha na cara e discutam abertamente os problemas que vocês mesmo alimentam.
      Eu não uso fake pra te criticar, seu ridículo.

      • Qualquer dia desses ele ainda vai bostar com a conta errada…

    • Moacyr, só você escreve errado especificamente assim. Sua gramática e ortografia são bem, erm… únicas. Mas acho que você nem vai conseguir entender o que eu disse.

  • Pingback: Moacyr Alves processa blog GamesFoda | LifeGauge()

  • O engraçado que agora o Moacyr fica postando no twitter que falta união entre os gamers, mas se esquece que foi ele que depois de certa forma por um tempo começar a ser visto como a pessoa que iria da o passo para melhorar os jogos no Brasil, conseguiu jogar fora tudo que tinha conquistado ralo a baixo quando revelou que estava trabalhando pra acabar com a "farra" da venda de jogos digitais sem impostos abusivos.
    O que me faz da mais gargalhada é quando eu leio as entrevistas dele após esse acontecimento e ele falando que foi tirado do contexto, que não foi bem aquilo que ele falou, botando a culpa no fato das pessoas só mostrarem uma parte do vídeo, etc. Mas se você vê exatamente dentro do contexto tudo como deveria ser, a coisa continua a mesma. Ou seja o objetivo da acidgames sobre esse assunto é ajudar na criação de uma taxação para os jogos digitais para que as empresas que vendem jogos aqui possam competir com elas, ou seja deixar os jogos digitais mais caros para que assim as empresas associadas a acidgames ganhe seu dinheirinho… No final ele não percebe que foi ele que conseguiu depois de formar uma certa união entre os jogadores (lembro que antes dessa declaração até existia criticas, mas a grande maioria estava bem empolgado com o fato de que as coisas podiam melhorar), ele conseguiu "desunir" todo mundo mais do que já era antes… E sinceramente, vai ser muito difícil a pessoa dele conseguir "unir" as pessoas depois da burrada que ele fez, essa é a verdade. E vai ser muito difícil as pessoas se empolgarem de novo como foi no começo do jogo justo e também tudo por culpa dele. Infelizmente na vista da maioria ele se tornou exatamente o que essa matéria esta mostrando e não foi e nem vai ser nenhuma desculpa esfarrapada de ter sido mal compreendido que vai fazer alguma diferença… Ele errou e errou feio…

  • Concordei bastante com o texto, exceto por um detalhe: Sei que tem alguns eventos brasileiros de joguinhos que valem a pena ir, mas se a maioria ainda é uma propaganda de tal curso disfarçado de evento o certo é criticar bastante mesmo.

    O que mais falta no Brasil é o público diferenciar o que é bom mesmo e o que diz ser bom, e apoiar quem merece mesmo. Mas se ninguém quer saber de nada por ser apenas joguinho e essas coisas fica difícil.

    E não precisava também ter a foto do Moacyr, acho que muita gente entenderia a cutucada sem precisar da imagem.

    • Eu não sei se entendi, mas,devíamos condenar um apoio e um interesse comercial em eventos que promovam games? Não é exatamente o contrário? Se a ideia é exatamente tornar os jogos parte importante da economia brasileira, não devemos ignorar ou condenar quando alguém reconhece o potencial econômico do setor, mesmo que seja com segundas intenções. A crítica deve ser SE o evento for ruim ou trazer alguma repercussão negativa.

      Ou tu acha que a indústria de games americana ou japonesa nunca passou por isso? A não ser que todo mundo prefira que games brasileiros nunca saiam do cenário indie….

  • Não vamos esquecer de que o assunto do artigo não é o Moacyr, mas o comportamento do brasileiro, especificamente do gamer brasileiro.

    Qualquer artigo que se propõe a generalizar acaba caindo em certos buracos. Mas tem uma série de pontos válidos ali, e uma série de outros que nem tanto, uma ou outra palavra mal colocada, e é assim que a coisa tem que ser aproveitada. Temos que valorizar o espaço de OPINIÃO e DIÁLOGO.

    O cara quando resolve processar (se o fez mesmo…) vai contra a construção daquilo que ele mesmo diz lutar, por mais que o processado esteja errado mesmo. Perde a chance de esclarecer sua posição, entender a do outro e alimentar este espaço de discussão. É porque PODE processar que ele DEVE fazer isso? Você leva um peteleco na orelha e chama cinco seguranças pra dar cabo do sujeito que fez isso? Se aconteceu mesmo, é uma baita falta bom senso.

    O pior mesmo é o post afundar nisso. Seria excelente continuar a ler comentários que mostram como a realidade brasileira não está tão mal assim, ou que está mal mesmo…enfim, o que interessa.

  • dariocoutinho

    Li parte do artigo, mas vou dar a minha opinião enquanto leio o resto, qualquer coisa edito.

    Pirataria

    A falta de seriedade do gamer brasileiro começa na forma de como ele adquiri os jogos. Tirando o pessoal consciente (Se você comentar saiba que você é minoria) a grande parte dos gamers brasileiros não estão dispostos a gastar NENHUM CENTAVO por um jogo, a não ser que sejam obrigados a isso.

    Só pelo argumento acima notasse o "incentivo" que o gamer brasileiro está disposto a dar. Crie um Kickstarter nacional e peça 100mil por um projeto e depois me diga o tipo de comentário que você recebe.

    É um conselho que dou a qualquer desenvolvedor: se quer trabalhar com games, desenvolva "pra fora". Aqui o pessoal não dá valor, assim como não dão valor a bandas de rock daqui.

    • Anonymous

      Interessante notar que as pessoas têm coisas mais importantes para gastar o seu dinheiro do que com jogos. Acha mesmo que vou gastar mais de 100 reais comprando um jogo de uma empresa multimilionária? Fodam-se elas. Dou muito mais valor ao meu bolso do que a uma empresa mercenária. Se elas querem que eu compre original, que façam descontos. Não pago mais de 20 reais num jogo original, e tem que ter multiplayer. Se não, pirata mesmo.

      • Acho engraçado sempre o papo de "tenho coisas mais importantes para gastar" sendo usado como se justificasse alguma coisa. Nâo quer gastar? Legal, ninguém te impede. É só NÃO USUFRUIR. Mas claro que isso jamais vai acontecer né?

    • Antes de criticar o brasileiro que compra o jogo pirata tem que se entender porquê. Comprar um jogo original que custa 20% do salário mínimo sendo que você pode adquirir-lo por um preço muito menor é sim inviável. Sendo que você tem casa, gás, água, luz, roupas, alimentos, talvez até carro. Atualmente o salário mínimo é pouco menos de 700 reais enquanto um jogo original de mídia física é 200. Acha que vão pagar por isso? Acha que seria minimamente inteligente pagar por isso? Eu discordo.

      Quanto a minoria que têm condições de comprar jogo originais, eles compram.

  • jefersonbt

    Voltando as raízes, desde que temos contato com outras pessoas na escola, na rua ou no supermercado, é costume do brasileiro de tachar o próximo (assim como foi dito na matéria). O povo, seja por inveja, por medo ou qualquer motivo, tende a difamar quem não age e pensa como um ser humano "normal".

    Sobre o fato de desenvolver pra fora, minha opinião difere um pouco de algumas pessoas. Se simplesmente largarmos mão do mercado interno, ele nunca irá mudar. Grandes empresas, como a Blizzard por exemplo, já estão vendo o potencial do Brasil na área de jogos. É difícil sim, mudar a mentalidade de um povo, mas se alguém começar, eu acho que é possível melhorar.

    Eu também já fui um jogador tosco, que só se importava em baixar os jogos e falar mau, pois isso é o que era esperado pela população. Hoje eu consegui mudar meu ponto de vista, entender o lado do desenvolvedor, e foi só depois que eu entendi que resolvi entrar nesse ramo.

    De volta ao assunto, minha opinião sobre desenvolver jogos em português é que eles devem ser feitos sim. Se simplesmente dermos as costas pra esta opção, estaremos fazendo o mesmo que o jogador ignorante faz, e se quisermos melhorar o mercado de jogos brasileiros, não podemos esperar que o povo simplesmente pare de "ser brasileiro", temos que começar nós mesmos.

    Matéria muito boa.

  • Muito bom! Parabéns!

  • Pingback: Esta Semana em GAMESFODA – A Edição de Arrested Development | GAMESFODA()

  • Curioso que o artigo critique a falta de apoio das pessoas esculachando justamente a única pessoa que parou de reclamar e fez alguma coisa.

    É fácil dizer que esse não é o líder que você quer, mas que tal se levantar e assumir a rédea da liderança então? Ao tomar essa atitude conformista, a sua atitude é a mesma dos Gamers que tanto critica.

    • […]esculachando justamente a única pessoa que parou de reclamar e fez alguma coisa. […]
      Poderia enumerar, por favor?

  • Acho estranho que sempre colocam a culpa do mercado brasileiro ser pífio na atitude de merda dos brasileiros. Não que ache a atitude dos brasileiros boa ou aceitável socialmente falando, mas se isso realmente fosse impeditivo de evolução da indústria, país ALGUM teria uma indústria de desenvolvimento. Idiotas que reclamam das coisas mais imbecis possíveis e imaginavéis existem em qualquer lugar do mundo (quem duvida é porque não acompanha muitos foruns de empresas de jogos em si) assim como não vejo essa onda de feedbacks.

    E sei lá, as vezes acho que a indústria indie e o pessoal entusiasta dos indie como um todo é MUITO butt-hurt para meu gosto. Não é a primeira vez que vejo sendo dito que o pessoal não apóia e critica os mínimos detalhes. Mas ué, querem o que? Antes de qualquer coisa, são consumidores do outro lado, não entusiastas/fãs/apreciadores. Consumidores SÃO chatos, é o papel deles. Resta saber se são consumidores que podem ser ignorados (seja porque pirateam e logo não te dão retorno mesmo, seja porque não é o público alvo que se quer) ou não. Agora reclamar pela falta de suporte? Desculpe, mas quem tem que mudar o cenário e fazer as pessoas suportarem elas são os devs.

  • charles_albert

    Ué o Moaça se ofende com a verdade?

  • charles_albert

    "vejo na tv oq eles falam sobre os jogos não é sério | os jogos no brasil não é levado a sério" – chorão sk8êêêêêê

  • Não conhecia esse site, vi um post de um amigo no facebook e adorei a matéria ;)!

    Queria complementá-la e enfatizar que, apesar de não trabalhar na área de games, trabalho na de computação e vejo que nós queremos SEMPRE (sim, em caps lock) sair ganhando.
    No sentindo que lá vem o seu colega e diz: "Poxa, eu poderia pagar 2,00 reais num jogo pra android (por exemplo) mas não vou, porque vai sair de graça se eu baixar na internet, né?". Afe, isso me deixa revoltada e, meu, pense, dois reais vale quanto, me diz? Um café????? Acho que temos que dar mais valor pra todo tipo de software que é desenvolvido e parar de querer tirar vantagem EM TUDO.
    Aqui vai outro exemplo, aquela empresa de arquitetura que pirateia o software x, quero ver eles se virarem sem isso! Não enxergamos software como uma ferramenta de trabalho, ou mesmo um produto pra se divertir, que muitos alguéns tiveram que investir tempo e dinheiro pra construir! Enxergamos (no exemplo do escritório) que precisamos comprar pranchetas, os materiais pro escritório, os materiais pra construção, mas o software não: "Tem na internet, sai de graça".

    Bom, é isso, nós precisamos aprender um pouquinho mais a dar valor pros softwares em geral. Espero ter contribuído pra discussão :). Abraços.

  • feliperamabr

    pior que alguns gamers brasileiros infantis, são o pessoal que comentam nos sites da Globo, dá até nojo de entrar de tanta porcaria que sai digitada nesses sites

  • Não é só no mundo dos games, nos quadrinhos também é assim, essa ridicula atitude de desmerecer o proprio país e não oferecer suporte. é foda, parabéns pela matéria!

  • natizilda

    Mas desde quando o Brasil valorizou a cultura gerada aqui? Mesmo pra quem supostamente defende produção cultural brasileira, aparentemente só vale se tiver índio, se falar da história do Brasil ou se tiver favela, porque "essa é a nossa realidade". Não dá pra fazer um cavaleiro medieval sem ser taxado de puxa-saco dos gringos. Não entendo essa lógica.

  • Quando vc fala em jogos as pessoas de olham como se vc estivesse brincando com o boneco ken, até mesmo dentro de uma área em que vc precisa "pensar fora da caixa", sempre que toco no assunto dentro de sala de aula e falo que jogos são uma nova mídia (faz tempo) e que deveríamos, no mínimo, considerar como referencia cultural, as pessoas tendem a te dar um olhar de descrença. Quanto a jogos feito aqui é interessante prestarmos atenção ao que nossa cultura pode influenciar e contribuir com uma nova perspectiva, ou trazer novas mecânicas para os jogos é isso que eu espero dos desenvolvedores de nosso mercado.

  • amidamarureborn

    Vamos lá. Assunto complicado, antigo e um tanto polêmico. O engraçado é que se eu for parar para pensar a internet me cansa em vários fatores e essa atitude do Brasileiro ou do próprio comportamento do mesmo vem desde os tempos do orkut. Tanta é a hipocrisia nessas atitudes e nas redes sociais que o mesmo que elogia o Facebook depredou comunidades inteiras no orku que era uma rede social muito similar à fóruns. A má fama do orkut é coisa de brasileiro para Brasileiro com seu mal comportamento na internet tendo um comportamento ruim e pouco propício ao respeito mútuo. Muitas vezes isso vem de escolaridade baixa, de instituições públicas ruins e mal-feitas. Do contato com a parte ruim do dia-a-dia, mas isso vem principalmente com um tipo de analfabetismo generalizado do Brasileiro: para política, para livros, para produção e de uma mentalidade, como se diz muitas vezes, que se importa com o que vem de fora. Um consumismo imediato d tudo aquilo que é estrangeiro, uma mania de identificação com um ideal que ele n]ão tem cuspindo no próprio solo. Se eu fosse fazer uma representação antropológica à la século XIX eu diria que o Brasileiro é mesquinho e mau, vândalo e oprimido, cheio de veneno, sarcasmo e poucas boas intenções, acomodado e cheio de moral contra si mesmo. Violento contra o próprio estado e pronto para se dar pontadas de faca resolve falar do seu próprio orgulho denegrindo os outros. Brasileiro não tem noção do conceito de nação: o século XIX é muito antigo para os livros de história chegarem lá. Eu me orgulharia de ter uma educação voltada para isso. Quem é nacionalista vira Policarpo e deslumbrado, quem crítica se sente bem e é aplaudido. Más atitudes por fora, na hora de refletir bote a culpa no compatriota. O modelo de bom Brasileiro desapareceu. Não existe noção de comunidade, mas de se juntar para poder fazer baderna na internet, mendigar, criticar e fazer pouco caso do esforço dos outros. É bonito almejar o exterior e se criticar colocando-se por meio de um pronome e dizendo "Brasileiro é tudo merda." Tanto é que que isso é um atitude política. Uma atitude de omissão, falta de responsabilidade e comodismo. De um cidadão (incluso eu e você) que não se satisfaz com o país, mas não tem como dizer sobre o que é a cultura ou não. Uma pessoa com uma cultura medianamente formada, mas sem leitura que tem um esclarecimento duvidoso e só sabe chorar pelo que não sabe. Acho que você entendeu o que quero dizer com todo esse papo "filosófico". Foi exatamente o que foi exposto no texto.

  • Excelente texto! Parabéns! Como um desenvolvedor indie, me identifiquei muito com o conteúdo. E é verdade, eu acabo nem divulgando meus jogos no Brasil por culpa dos "haters" de plantão. Prefiro por enquanto divulgar lá fora. Se chegar no Brasil é porque foi reconhecido lá fora primeiro.
    Continue o ótimo trabalho!
    Tuti Bueno

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  • Hugoo

    Maior fator que impede de uma pessoa dar um feedback em qualquer coisa que seja é o "tem que fazer cadastro, dá trabalho".

    Esse é o maior clássico da falta de feedback, interação em fóruns e etc.

  • O problema não são os gamers brasileiros. O problema é da ordem cultura, social, política e até religiosa. Nosso país é conservador: as grandes mídias são conservadoras; as políticas são conservadoras; e o próprio povo é conservador. Ainda vivemos o sonho europeu que sempre existiu pois nunca fomos brasileiros de fato, sempre fomos o povo que foi colonizado. Fica o sentimento que a nossa terra não é essa, pois não a fizemos assim e não estávamos sempre aqui. Ficamos sem nação e isso não vai mudar tão cedo. Por isso tudo que é feito aqui é ruim, porque não sou brasileiro, não me sinto brasileiro e assim os critico.

    É um problema muito maior que a comunidade gamer brasileira. Para mudar algo você tem que acertar na base e ela é muito difícil de atingir.

    Como o cenário mudaria?

    O mercado de games no Brasil ficará forte quando os brasileiros passarem a ganhar bem. Para ganhar bem precisa-se de formação. Para se formar precisa-se de uma boa educação.

    O povo deixaria de ser tão ignorante e agressivo quando recebesse uma boa instrução na escola, em casa e na sociedade. Na escola, precisa-se de bons professores que estejam motivados a trabalhar. Em casa precisa-se de pais consciente. Na sociedade precisa-se de um ambiente não-opressor, precisa-se segurança e conforto.

    Isso seria só o começo.

  • Infelizmente é complicado. Se não traduzir reclamam que está em inglês, sendo essa a língua adotada universalmente. Se traduz, inclusive o nome, reclamam dizendo que brasileiro é só índio e carnaval. É um público que somente dissemina ódio e intolerância e impossível de ser agradado.

    Estou estudando para desenvolver games e estou no meio de um projeto com uma equipe formada. Mas não boto fé demais no feedback dos brasileiros. Afinal de contas, na internet muitos brasileiros querem somente trollar.

    Triste isso, pois pode ser um meio de vida para mmuitos, inclusive esses que querem só trollar.

  • Excelente texto.
    O mais engraçado nestes comentários "pró Brasil" é que sempre tem um avatar do Goku, Batman, ou qualquer outro personagem proeminente da cultura pop. Nunca vi um saci, mula sem cabeça e afins. Pedem jogos que respeitem a sua língua materna, sendo que os ditos "nacionalistas" parecem ter fugido das aulas de gramática.

  • Ótimo texto cara.
    Ah já ia me esquecendo adorei a barra de comentar do Phoenix Wright kkkkkkk é genial.

  • Marcos

    Realmente enquanto o publico brasileiro for assim em tempo integral, sendo zueira ou não, o nosso mercado será assim. Se traduz o povo reclama, se não traduz reclamam, esta matéria esta certíssima o brasileiro não vê a qualidade ou o conteúdo dos jogos, só vê o que eles podem criticar destrutivamente.

  • Pingback: Mundo Gamer ep. 44 – Despedidas, HUEHUEBR e Humble Crazy Bundle()

  • Edimartin Martins

    Nem todos na internet são trolladores. Alguns estão deixando as suas opiniões sobre o assunto.
    Se um pedaço de cocô tem uma bandeira do Brasil, você não é obrigado a gostar dele. Como por exemplo: Vampiromania, Big Brother Brasil.
    Também tivemos bons jogos na história virtual do Brasil como: Guimo, Outlive.
    Também existem jogos para públicos mais específicos. Eu não jogaria um jogo com saci e mula sem cabeça (não curto o folclore brasileiro), mas me acusariam de não estar ajudando o desenvolvimento nacional.

    Desculpe o comentário um ano depois, é que só agora eu encontrei esse texto e fiquei com muita vontade de opinar.

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