Qualé a desse tal de… Devil Daggers

  1/03/2016 - 15:23   devil daggers, review,  
 

Depois de muitos anos na moda do retrô 8-bits, com uns 16-bits aqui e ali, parece que a moda retrô finalmente chegou aos 32-bits! Devil Daggers é tão retro que simula até as texturas de baixa resolução e as imperfeições do primeiro Playstation, mas não é só isso que faz ele parecer antigo.

Devil Daggers parece um jogo meio preso ali entre 1995 e 1998, não num Playstation, mas num arcade. Ele é tão retrô que vai contra todas as convenções de hoje que a galera acha legal. É um jogo simples, difícil e rápido. Uma partida não costuma durar mais do que 1 minuto, como um roguelike, que tá na moda. Só que ele não é um roguelike e as fases nem procedurais são. Aliás, a fase é uma só, sempre a mesma, uma arena com demônios que aparecem pra te atacar, sempre na mesma ordem. Morrendo você não ganha upgrades, armas novas nem nada, só uma oportunidade pra voltar quantas vezes quiser.

Falando assim parece que o jogo é ruim, mas longe disso, ele é só simples mesmo. O desenvolvedor não quis saber de firula, se focou em fazer um jogo simples e robusto, e foi isso aí. O objetivo do jogo é sobreviver o máximo de tempo possível e o que te mantém jogando é saber que sempre dava pra ter tentando alguma coisa diferente. O jogo só te dá duas armas (que são ativadas de forma bem diferente, mantendo o botão apertado ou só dando um toque), mas a variedade de inimigos é até bem grande, ainda mais considerando o tempo que costuma durar a partida. Os inimigos são introduzidos no ritmo necessário pra você saber que as caveirinhas do inicio não são tudo e se esforçar pra tentar ver o que mais existe ali.

Na página do jogo do Steam as screenshots mostram diversos inimigos que só aparecem depois de alguns minutos e é provável que mais da metade dos jogadores nunca consigam vê-los no jogo.

Mas Devil Daggers não se importa. Em toda sua simplicidade, o único achievement do jogo está lá pra recompensar quem conseguir se manter vivo por mais de 8 minutos (no momento da publicação deste texto, só 4 pessoas em todo o mundo conseguiram). Como dizia o Balu, Devils Daggers tem somente o necessário pra ser jogável e divertido. Apesar da falta de música, nota-se uma preocupação com os sons do jogo, algo muito importante já que os inimigos podem vir de todas as direções. Todos tem um barulho diferente pra te ajudar a se localizar e quanto mais inimigos estiverem vivos e fazendo barulho, mais tenso e caótico fica o clima do jogo.

Devil Daggers é um jogo simples e repetitivo, mas muito divertido. Poderia estar tranquilamente em um Playcenter em 1997 entre um Tekken 2 e um Daytona USA, comendo todo o seu dinheiro em fichas, mas felizmente está no Steam, por 10 reais, comendo só o seu tempo mesmo.

Tuba

Sobre

Arthur “Tuba” Zeferino é co-criador do site, programador e brother indie.
  • http://www.retinadesgastada.com.br/ C. Aquino

    Mesmo sem ter jogado, só de olhar para o negócio em movimento, eu afirmei que esse jogo era mais Doom que o novo Doom. Como FÃ NÚMERO UM de Doom, o que me diz, caro Tuba?

    • HomemBarata

      É bom e visualmente até que é bem DOOM mas é completamente diferente de qualquer FPS por aí.

  • http://rennanleite.com Rennan Leite

    Que coisa maravilhosa caras.

  • Felippe Martins

    Esse jogo é crack. Sempre volto pra mais um “tapa”.

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