“O que, afinal, é arte?” muitos podem se perguntar. E é uma pergunta bem difícil de ser respondida, mesmo. Inegavelmente, a arte depende da subjetividade, seja ele da parte do artista, do observador ou de ambos. Mas o grande quê aqui é a experiência que ela traz, seja boa ou ruim.

Com isso, essa semana trazemos à nossa coluna um dos artistas de um dos jogos mais caprichados que já vimos por aqui: Perin.

que

Maurício Perin Maperns tem 24 anos, mora no Espírito Santo, é formado em Design pela UFPR e trabalha na Aduge Studios e também na superBRbros.

Na primeira oportunidade que pôde segurar algo que riscasse, já saiu rabiscando por aí. Mas levar a sério mesmo só lá por 2005 quando começou a fazer design e ilustração.

Dentre suas muitas influências, os principais são John Howe , Yoji Shinkawa (Konami) e Eyvin Dearle (Disney). Inclusive o discurso de Neil Gaiman (que é realmente do caralho, recomendadíssimo pra todo mundo ver) fez uma diferença de um jeito mais abstrato, mas ainda muito válido.

~~AMIZADE CÓSMICA~~

Perin é mais um que entrou nesse mundo eletrônico pixelado/poligonizado (?) por causa de irmão. O Phantom System entrou na família por conta de algum concurso. Os dedos foram bem gastos com jogos como CJ’s Elephant Antics e F-16 Renegade. Seu gênero preferido é action-adventure com ênfase em exploração, e seu jogo preferido é um ótimo exemplo disso: Shadow of the Colossus.

Pela Aduge, Perin participou da produção de vários projetos, dentre eles a demo Mnemons e os jogos Semblante e Qasir Al-Wasat.

Cadê?!

As dificuldades sempre estiveram aí, como sempre estão para todos, mas o grande ponto para Perin foi nunca desistir, e insistir mesmo quando nada parece estar dando certo. O objetivo falou mais alto, e tentar passar uma mensagem com seus trabalhos foi prioridade.

“(Meu objetivo é) Deixar no mundo alguma coisa que sobreviva ao tempo. Meio que conseguir inspirar mais gente, do mesmo jeito que tanta gente me inspirou pra começar isso e continuar.”

Além disso, Perin conta o que é mais importante no momento em que resolve colocar tudo na ponta do lápis:

“Projetar pra experiência é a coisa que mais me preocupa, e fazer com que seja uma experiência consistente e coerente. Eu trabalho muito com pesquisa e referência, e tento sempre fazer, seja num desenho solto ou num conjunto complexo de coisas dentro de um projeto, com que seja mais do que uma superfície. Isso vai tanto pra técnica de desenho em si, que precisa de estrutura, fluidez e composição, quando pros elementos visuais, signos, estilos, mensagens.”

Perseverança é uma das nossas melhores armas, além de uma cimitarra, claro

O importante na arte é o que ela transmite ou como interagimos com ela. Todos os tipos de artes, sendo elas boas ou não, são válidas pela experiência e impressão que elas deixam. Qual seu tipo preferido?

A galeria do Perin tá logo aí abaixo! Também dá pra ver outros trabalhos no portifólio e encher o saco dele através do twitter ou e-mail.

Bom carnaval, muito bundalelê e cachaça pra todo mundo, não esqueçam da camisinha e até semana que vem!