Há 25 anos atrás, em 29 de Outubro de 1988, a Sega lançava o seu mais famoso console, o Mega Drive. Originalmente marketado como um console que recriava fielmente a experiência de jogos arcade na sua casa, com jogos como Altered Beast, Space Harrier II e Super Thunder Blade, a fama do bichinho veio realmente a partir do lançamento de Sonic The Hedgehog em 1991, o jogo de plataforma do porco-espinho ouriço azulado veloz que sabia ficar de bico calado e acabou se tornando tão famoso ainda hoje é sinônimo de Sega.
O Mega Drive foi de encontro ao SNES o que é considerado a “disputa” de consoles mais interessante até hoje, gerando bastante rivalidade entre a molecada da época na hora do recreio. O console da Sega era o favorito para jogos de ação frenética, “navinha”, co-op e arcades, enquanto o Snes tinha uma renca de plataformers que tinham mais cores e eram mais bonitos e era mais apropriado para jogos maiores e mais lentos, como RPGs. Devido a essa diferenciação, e por questões de programação, você via uma boa segmentação de interesses: empresas como a Square e Enix focaram seus esforços no Snes, enquanto desenvolvedoras menores como a Treasure, Toaplan (que fazia SHMUPS) e muitas softhouses americanas, como Electronic Arts, Blizzard e até a Naughty Dog com seu feíssimo Rings of Power preferiam o console da Sega.
Por muito tempo, o Mega Drive liderou as vendas nos Estados Unidos, onde, por motivos de direitos autorais, teve que ser renomeado para Genesis (a propósito, se você é brasileiro, larga de chamar essa porra de Genesis que ninguém chamava assim por aqui! É MEGA DRIVE, KRL!!!). A reviravolta da caixa cinzenta da Nintendo só rolou bem longe na disputa, quando a Rare apresentou Donkey Kong Country e fez o mundo inteiro em uníssono falar “Nossa, parece de verdade!!”. Ainda assim, o Mega Drive é bem querido por nostálgicos e colecionadores ainda hoje, principalmente por gente supimpa que – como eu – curte jogos de ação sem frescura, com muito tiro e pouco papo. É interessante ver também que ele teve uma longevidade considerável: em 1995 e 1996, oito anos após seu lançamento, ainda tinha um número considerável de jogos saindo, tornando ele um dos consoles de maior vida útil até essa mais recente geração.
Eu ainda lembro da primeira vez que eu recebi e liguei o meu Mega Drive, com uns 4 anos e pouco (uma das memórias mais antigas que tenho, aliás), e ter passado a tarde jogando Sonic 2 com meu irmão – controlando o Tails, lógico, pois eu era o irmão mais novo. E daí foram muitos outros, como Sonic 1, Turma da Mônica na Terra dos Monstros, Street Fighter II’ Champion Edition, E-SWAT, Streets of Rage 2 (um vizinho meu que tinha), Golden Axe 2, Quackshot, Battletoads, Comix Zone, World of Illusion starring Mickey and Donald, e mais uma porrada que só fui conhecer anos depois, como Dynamite Headdy, Monster World IV, Shadow Dancer, Alien Soldier e Contra: Hard Corps.
Não tenho muito mais a falar do Mega Drive além do fato que ele é possivelmente o meu sistema favorito até hoje. Aliás, é por isso que gosto tanto de escrever sobre ele por aqui – pois o bicho tem uma quantidade enorme de jogos de qualidade, indo muito além do usual “Sonic 1, 2 e 3” que a galera pensa.
Tem alguma história boa do seu Mega Drive? Tá a fim de apenas nostalgiar, ou quer voltar pro ensino fundamental e tentar defender que o SNES (lol) era melhor? A seção de comentários tá aí pra você participar. Manda bala!
Parabéns, Mega.
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